Cidades brasileiras registraram, desde a manhã desta terça-feira (13), atos em defesa da educação e contra a reforma da Previdência. Treze 13 cidades de 7 estados e do Distrito Federal haviam tido protesto.
Desde maio, após governo do presidente Jair Bolsonaro anunciar cortes na educação, esta é a terceira mobilização nacional em defesa do setor.
A pauta contra a reforma da Previdência tem sido recorrente em atos que envolvem críticas ao governo federal. A proposta de emenda à Constituição que altera as regras da Previdência foi enviada pelo Executivo ao Congresso. O texto já foi aprovado em dois turnos na Câmara e agora está sendo discutido pelo Senado.
Sob o lema “Em Defesa da Educação, Aposentadoria, Trabalho, Salário e Saúde Pública”, os protestos são liderados pelo movimento estudantil – especialmente a UNE –, pelas centrais e sindicatos de professores, além das Frentes Povo sem Medo e Brasil Popular.
Em São Paulo, o Ato Unificado está previsto para as 15 horas, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, seguido de caminhada até a Praça da República.
A pauta que une entidades estudantis aos sindicatos de professores e profissionais da Educação inclui a defesa de mais recursos para a educação pública, contra o corte de verbas, o desmonte do ensino federal, a liberdade de cátedra e o projeto Escola Sem Partido.
As centrais, como a CTB e a CUT, levarão às ruas faixas e bandeiras contra a reforma da Previdência, o desemprego e a redução de direitos e salários.
Para as entidades estudantis, as manifestações serão mais um capítulo do “Tsunami da Educação”, que já levou milhões de brasileiros às ruas em 15 e 30 de maio. Entre os slogans dos estudantes, estão o “Não matem nosso futuro” e “Tire a mão da educação”. “Os estudantes que ocuparam as ruas em maio, voltam a ocupar as ruas em agosto, contra as privatizações, os ataques à autonomia universitária, ao corte de verbas e contra o projeto Future-se anunciado pelo MEC”, informa um dos anúncios das entidades.
O presidente recém-eleito da UNE, Iago Montalvão, criticou a portaria repressora do ministro da Justiça, Sérgio Moro, autorizando a atuação da Força Nacional contra os protestos. “Causa grande preocupação, mas não é a primeira vez que o governo faz isso. Já tinham feito em outros momentos, como na luta contra a reforma da Previdência também”, diz Iago.
Confira as principais atividades programadas para este 13 de Agosto:
Bahia
– Salvador: concentração às 9h no Campo Grande, com caminhada pelo centro da cidade, até a Praça Castro Alves.
Ceará
– Fortaleza: ato às 8h, na Praça da Gentilândia.
Distrito Federal
– Brasília: ato em frente ao Museu Nacional, às 9h.
Goiás
– Goiânia: ato à partir das 15h, na Praça Universitária.
Mato Grosso
– Cuiabá: concentração será a partir das 14 horas, na Praça Alencastro.
Mato Grosso do Sul
– Campo Grande: ato às 9h na Praça Ary Coelho
Minas Gerais
– Belo Horizonte: ato a partir das 16 horas, na Praça da Assembleia Legislativa.
Paraíba
– João Pessoa, ato em frente à escola Lyceu Paraibano, no centro, às 14h
Paraná
– Curitiba: ato às 18h na Praça Santos Andrade.
Pernambuco
– Recife: ato público com concentração a partir das 14h, em frente ao Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora.
Piauí
– Teresina: concentração às 8h em frente ao INSS
Rio de Janeiro
– Rio: ato com concentração às 17h na Candelária
Rio Grande do Sul
– Porto Alegre: ato na Praça Matriz, a partir das 14h. Às 16h, centrais e movimentos sociais se concentram em frente ao Palácio Piratini e em seguida realizam ato às 18h, na Esquina Democrática. De lá, seguem em caminhada até à Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Rio Grande do Norte
– Natal: 14h, na Calçada do Shopping Midway
Santa Catarina
– Florianópolis: ato público unificado, concentração às 16h, no largo da Catedral.
São Paulo
– São Paulo: concentração às 15h no Masp (Avenida Paulista) e caminhada até a Praça da República.
Sergipe
– Aracaju: ato às 8h, em frente ao Palácio de Despachos. Ato também às 14h, na Praça General Valadão seguido de marcha pelas ruas do centro.