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Decisão judicial traz nomes dos PMS suspeitos por chacina e prisão será na Rocam

Após audiência de custódia no domingo (25), 12 policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas, foram transferidos para a carceragem do batalhão, no Dom Pedro 1, onde cumprem prisão temporária de 30 dias determinada pelo juiz plantonista das Audiências de Custódia do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), André Luiz Muquy, no Fórum de Manaus.

Segundo nota do Tribunal de Justiça do Amazonas, na audiência, o magistrado homologou a prisão de todos e determinou a transferência dos policiais. A nota afirma que “o processo principal tramita sob segredo de Justiça por conta das investigações”.

O advogado dos policiais, Leonardo Marques, explicou pediu transferência da Polícia Civil para o batalhão da PM devido, segundo ele, ‘as condições desumanas’ que eles passaram a noite de sábado (24).

“A audiência foi para analisar se houve algum abuso de autoridade vindo por parte dos policiais civis. Infelizmente, ontem eles (suspeitos) sofreram muito, com condição desumana e abusos, não dos policiais civis, mas do núcleo prisional que fica no Monte das Oliveiras, onde eles foram levados.

O Ministério Público tomou conhecimento, através de nós, da situação degradante pela qual começaram a passar. Agora, vai ser instalado um procedimento para averiguar toda a falta de estrutura”, disse.

Nomes dos PMs envolvidos:

*Anderson Pereira de Souza
*Charlys Mayzanyel da Ressurreição Braga
*Charly Mota Fernandes
*Diego Bentes Bruce
*Dionathan Sarailton de Oliveira Costa
*José Vandro Carioca Franco
*Jonan Costa de Sena
*Marcos Miller Jordão dos Santos
*Maykon Horara Feitoza Monteiro
*Stanrley Ferreira Cavalcante
*Tharle Coelho Mendes

ficaram em um quadrado, sem acesso a banheiro, janela e sem conseguir fazer suas necessidades, além de terem sidos intimados por internos.

Entenda o caso

Os corpos identificados como Diego Máximo Gemaque, 33 anos, Lilian Daiane Máximo Gemaque, 31 anos, Alexandre do Nascimento Melo, 29 anos, e Valeria Luciana Pacheco da Silva, 22 anos foram encontrados sem vida na manhã do dia 21, em um veículo da marca Chevrolet Onix, branco, placa QZO-3B24, no ramal Água Branca.

Doze policiais militares foram apontados como os principais suspeitos de envolvimento nas mortes. Ainda na quarta-feira, os agentes foram afastados, após vídeos circularem pelas redes sociais mostrando a abordagem dos policiais em duas viaturas da Rocam às vítimas.

Nas imagens, duas mulheres aparecem em posição de revista, e um homem aparece sentado no banco do motorista de um veículo da marca Chevrolet Onix, na cor branca.

Viaturas Rocam escoltam vítimas até ramal onde houve a execuçã

Também neste domingo (25) imagens – que aparentam ser de uma câmera de segurança, onde mostram duas viaturas e um veículo Ônix branco seguindo pela Avenida Governador José Lindoso, mais conhecida como ‘Avenida das Torres’, no bairro Lago Azul. A via dá acesso à rodovia estadual onde os corpos foram encontrados posteriormente.

Leonardo Marques afirmou que solicitou a gravação completa das imagens para poder falar sobre o assunto. “Existem informações em investigações em relação às essas imagens, por pedido da autoridade policial. Vamos respeitar o sigilo da investigação, então, não vamos comentar, mas nós também tomamos conhecimento do vídeo que circula nas redes sociais e pedimos a gravação inteira”, concluiu.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou neste domingo (25) a transferência dos 12 policiais militares suspeitos de envolvimento na morte de quatro pessoas encontradas no ramal da Água Branca, no quilômetro 32 da rodovia AM-010, na última quarta-feira (21) da delegacia onde estava para a sede da Rocam na capital.

Conforme o juiz plantonista- André Luiz Muquy – os 12 PMs foram presos por mandados de prisão temporária. Na audiência, o magistrado homologou a prisão de todos, por estar dentro da legalidade, e determinou a transferência deles para o Batalhão da Rocam, uma vez que relataram na audiência terem sofrido ameaças de outros internos, como o pai de uma das vítimas, onde estavam presos anteriormente.

A decisão foi tomada após um pedido do advogado Leonardo Marques durante a audiência de custódia realizada no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, zona Sul de Manaus.

“Só vai ser averiguado se eles sofreram algum abuso de autoridade, alguma agressão, e serão encaminhados de volta para o Batalhão. Mas eles não sofreram nenhuma agressão, desde já. Não teve abuso por parte dos policiais civis”, disse o advogado Leonardo Marques.

Confira o nome dos policiais presos temporariamente:

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