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Delegado denuncia juiz por corrupção e recebe voz de prisão no Amazonas; assista os vídeos

O delegado Regis Cornelius Celeghini Silveira, titular da 65ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Carauari – a 787 de Manaus -, foi preso logo após denunciar o juiz Jânio Tutomu Takeda por crimes de corrupção, nesta quarta-feira (7). A prisão ocorreu durante uma inspeção realizada na delegacia, tendo sido registrada em vídeo pelo próprio delegado – assista os vídeos.

A equipe do poder judiciário foi até a delegacia verificar as condições das celas e dos detidos. O juiz coordenava a ação quando foi abordado pelo delegado, que informou ao magistrado que havia feito uma denúncia no Ministério Público do Amazonas (MPE-AM) contra ele.

O delegado, que assumiu o cargo há menos de um mês, afirma que denunciou o magistrado ao MPE-AM, acusando-o como um dos maiores responsáveis pelos atos de corrupção da cidade. No instante seguinte, o juiz dá voz de prisão ao delegado.

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A denúncia feita pelo delegado, e protocolada no MP, acusa o juiz Takeda de facilitar a entrada de um telefone em um estabelecimento prisional. O documento relata que um preso, encontrado na posse de um celular, revelou ao delegado que prestava serviços à residência do juiz, o que justificaria a posse do aparelho.

Ainda de acordo com a acusação, o magistrado estaria concebendo favorecimentos pessoais e facilitando a fuga de presos.

O relato afirma que “o delegado ouviu de diversas pessoas que a cidade vivia um ciclo de violência: havia muitos furtos e roubos porque havia muitos usuários de drogas, os usuários aumentavam porque o tráfico estava descontrolado e o tráfico estava fora de controle porque o juiz da cidade soltava os traficantes em troca de dinheiro”.

Após o ocorrido, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) divulgou uma nota informando que enviou uma equipe da Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança a Carauari para investigar os fatos relatados. As acusações entre o delegado e o juiz estão em processo de apuração e o desdobramento dessa situação aguarda os resultados dessa investigação.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) afirmou que o corregedor-geral de Justiça do Amazonas, desembargador Jomar Fernandes determinou a instauração de Procedimento Administrativo para investigar os fatos sob sigilo.

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