
A produção de motocicletas em Manaus no mês de maio foi a maior desde 2012. Foram fabricadas 155.118 motos, alta de 19,5% em relação ao mesmo mês de 2022 (129.781 unidades) e de 32,7% na comparação com abril (116.809).
Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares). Em 2012, o Polo Industrial de Manaus fabricou 71.734 motocicletas em maio.
No acumulado do ano foram fabricadas 668.997 motocicletas, volume 17,5% superior ao mesmo período do ano passado (569.598 unidades).
O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, diz que os números de janeiro a maio estão dentro do planejado. “Tivemos um mês cheio em maio, com 22 dias úteis, o que nos permite equilibrar melhor a oferta e a demanda por motocicletas”.
Bento ressalta que o segmento de motocicletas deve seguir a tendência de alta. “A motocicleta é uma opção ágil e econômica de deslocamento.
Além disso, tem vantagens, como menor valor de aquisição e baixo custo de manutenção, o que atrai novos consumidores”.
Conforme o empresário, a alta das taxas de juros, o acesso ao crédito e a diminuição do poder aquisitivo da população podem frear esse crescimento.
Vendas
Em maio foram licenciadas 161.505 motocicletas, volume 21,1% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (133.344 unidades) e 33,5% superior em relação a abril (120.969 motocicletas). Esse foi o melhor resultado para o mês desde 2011 (171.681 unidades) em vendas.
“O bom desempenho das vendas no varejo é um reflexo da curva de produção nas unidades fabris que tiveram produção plena em abril. Com isso, as concessionárias puderam atender ao consumidor que aguarda por uma motocicleta”, explica Bento. “Dessa forma, estamos reduzindo eventuais filas de espera”, completa.
As três categorias mais emplacadas foram a Street (86.247 unidades e 53,4% de participação no mercado), Trail (30.015 motocicletas e 18,6%) e Motoneta (19.555 unidades e 12,1%).
As motocicletas de baixa cilindrada foram as mais emplacadas em maio, com 131.551 unidades e 81,5% do mercado. Na sequência, vieram os modelos de média cilindrada (24.787 motocicletas e 15,3% de participação) e os de alta cilindrada (5.167 unidades e 3,2%).
Em termos porcentuais, as motocicletas de média cilindrada registram alta de 41,3% e as de alta cilindrada, 32,4%. De acordo com dados da Abraciclo, em maio do ano passado, foram licenciados 17.537 modelos de 161 a 449 cilindradas e 3.903 unidades com motores acima de 450 cilindradas.
“A procura pelas motocicletas equipadas com motores mais potentes tem crescido bastante. São consumidores que optam por modelos com mais recursos tecnológicos e usam a motocicleta também para o lazer”, afirma o presidente da Abraciclo.