A Federação Paulista de Futebol interditou o Allianz Parque para jogos depois de identificar em uma vistoria técnica a incapacidade do gramado em receber partidas. O estádio só deve ser liberado novamente após manutenção. A entidade, então, fará uma nova vistoria no gramado depois que a Real Arenas, braço da WTorre, fizer os reparos prometidos. Somente após isso dará o aval se o local pode voltar a receber jogos ou não.
Com a previsão de entrega para o dia 20 de fevereiro, o Verdão perderá os duelos contra o Ituano, no próximo dia 8, e diante do Corinthians, no dia 18 de fevereiro. A expectativa é que o time volte ao seu estádio contra o Mirassol, no dia 24 – se tudo ocorrer como o previsto e a Federação Paulista de Futebol tire o veto.
A construtora prometeu ao clube que colocará cortiça no gramado e eliminará o composto termoplástico, até então utilizado e um dos principais causadores do problema. Um laudo técnico solicitado pela WTorre apontou que o termoplástico realmente não suporta as altas temperaturas da cidade de São Paulo e que o mais adequado neste momento é trocar o material.
O processo de troca será feito pela Soccer Grass, que teve o contrato com o Palmeiras rompido na segunda-feira (26), mas segue como parceira da WTorre e a responsável pelo gramado do Allianz Parque. O composto termoplástico é o material que sofreu deformações e tem se tornado uma massa na chuteira dos jogadores que atuam no Allianz Parque.
Em 2020, foram aplicadas quase 54 toneladas deste produto, que visualmente parece uma borracha, mas tem outra composição e é oco por dentro, o que também ajuda para evitar acúmulo de água. Com as altas temperaturas, porém, ela não tem suportado e causado problemas. A WTorre, então, achou mais adequado mudar para a cortiça, já utilizada no Nilton Santos, estádio do Botafogo, e que recebe elogio dos jogadores que lá atuam.