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Fundação Amazônia Sustentável participa do C20 sobre redução de catástrofes

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) participou da entrega oficial do Policy Pack — um pacote de recomendações de políticas estratégicas da sociedade civil global para os países-membros do G20, realizado no Rio de Janeiro. A instituição coordenou o evento “Integrando resiliência local e políticas globais: Fortalecendo políticas climáticas por meio da participação social”, em que destacou o papel essencial dos povos indígenas, comunidades tradicionais e organizações do terceiro setor na formulação de políticas mais justas e inclusivas.

A Cúpula do C20 marca a transição da presidência brasileira do grupo de engajamento da sociedade civil junto ao G20 para a África do Sul, que assume a liderança em 2025. No evento, estiveram presentes autoridades internacionais, especialistas e representantes do Governo Brasileiro, como a primeira-dama Janja Lula da Silva e o Ministro Marcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

A FAS participou como co-facilitadora do Grupo de Trabalho 4 (GT4) dentro da temática “Comunidades sustentáveis e resilientes e redução do risco de catástrofes” e contribuiu com soluções implantadas pela instituição, que atua há 16 anos na Amazônia, como recomendações para o restante do mundo.

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento Institucional da FAS, Victor Salviati, foi quem representou o GT4 durante o evento, e fez uma breve apresentação destacando três pontos específicos das recomendações construídas em conjunto com demais instituições do grupo.

“O G20 deve, ao gerir riscos de catástrofes, promover soluções que considerem a pobreza e a desigualdade socioeconômica causas fundamentais das vulnerabilidades. A gente sabe que esses desastres aumentam as lacunas das vulnerabilidades, principalmente com populações e povos mais fragilizados. A seca na Amazônia, que infelizmente estou vivenciando, tem atingido em cheio os povos indígenas, populações tradicionais, mulheres, crianças e idosos” iniciou Victor.

Em outro ponto levantado por Salviati destaca que o G20 deve explorar mecanismos financeiros e inovadores, como títulos de resiliência e filantropia. “É muito importante que os países e membros do G20 criem mecanismos financeiros inovadores para dar respostas rápidas e efetivas aos desastres sociais, ambientais e climáticos. A gente não pode esquecer do papel do setor privado, especialmente junto aos governos para mobilizar recursos e complementar a ajuda do setor público”, afirma.

O superintendente reforçou que o G20 deve reconhecer e admitir os impactos diversos e proporcionais. “A gente sabe que a invisibilidade mata, não só no Brasil, mas no mundo todo. Quando a gente não reconhece, a gente não proporciona e não melhora como cidadãos globais”, enfatiza.

Ao finalizar seu discurso, Victor ressaltou que a discussão não é sobre o planeta, mas especialmente sobre o modo de vida.

“A organização que eu trabalho, a Fundação Amazônia Sustentável, a gente acredita na prosperidade. Significa que a gente tem possibilidade de sonhar e concretizar nossos sonhos: água, luz, energia, saúde, emprego – coisas básicas de qualquer cidadão nesse planeta. Os desastres ambientais climáticos que acontecem no mundo tem roubado esses sonhos da gente”, comenta.

FAS no C20

O C20, Civil-20, é a instância formal do G20 para a inclusão qualificada e interação com a sociedade civil organizada global. A FAS foi escolhida para co-facilitar o GT4 por conta de sua experiência e conquistas na área de resiliência climática e por conta de sua capilaridade na Amazônia.

Fazem parte do GT4 outras duas instituições que contribuíram com os trabalhos: a Argentina 1.5, instituição de especialistas que promovem ações de mitigação e adaptação climática de acordo com as transições atuais, e o Global Network of Civil Society Organization for Disaster Reduction (GNDR), rede global de organizações da sociedade civil presente em 129 países que tem por objetivo atuar em projetos que atuam com mudanças climáticas.

Além do GT4, houve outros nove grupos de trabalho que trataram temas relevantes como trabalho justo, políticas antirracistas, filantropia e saúde inclusiva. Todos os grupos redigiram recomendações que foram entregues para avaliação do G20 para co

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