
Autoridades no Amazonas interpretam que o “AM” pode ser referência ao estado, um possível selo para marcar território usado pela facção criminosa na região.
O cenário no Amazonas
- • Um estudo recente da Amazon Underworld aponta que o estado do Amazonas, especialmente a capital Manaus, se consolidou como elo logístico para o narcotráfico na Amazônia, com rios, fronteiras e portos sendo usados pelas facções CV e PCC.
- • Conforme reportagem de agosto deste ano, o CV domina as rotas fluviais no estado e está mais presente do que o PCC, segundo fontes da segurança pública.
- • Relatórios também mostram que traficantes usam drones, antenas e redes via satélite para monitorar forças de segurança no Amazonas, indicando sofisticados esquemas logísticos nas rotas da cocaína.
O que sabemos sobre a apreensão
Até o momento, não há confirmação pública de que a inscrição “CV AM” se refere ao Amazonas, nem o detalhamento oficial da apreensão (local exato, data, quantidade de armas com marca). Porém, a interação entre dados levantados na região (domínio do CV, uso de rotas amazônicas) com esse símbolo sugere que a facção pode estar operando ou testando presença mais visível no estado.
Impactos imediatos e riscos
- • Se a ligação for confirmada, a presença do CV no Amazonas altera o equilíbrio criminal local, pois implicaria que a facção carioca não está somente exportando estilo ou marca, mas possivelmente instalando células ou ramificações (alguns relatórios apelidam esse segmento de “CV-AM”).
- • A disputa entre facções por rotas, territórios ribeirinhos, pontos de apoio e logística pode gerar escalada de violência, inclusive em áreas remotas, ribeirinhas ou indígenas, onde o Estado costuma ter menor presença.
- • O controle da rota permite não só o transporte de drogas, mas também de armas, insumos, e a lavagem de capitais, utilizando-se da complexa geografia amazônica (rios extensos, fronteiras nacionais) para se movimentar.

A apreensão do fuzil com marca “CV AM” funciona como um forte indício de que o crime organizado está testando ou consolidando presença no Amazonas.
Dada a relevância estratégica do estado, com fronteira com países produtores de cocaína, extensão fluvial, porto, rotas indianas, a hipótese de que a facção CV já braço conhecido como “CV-AM” esteja em mobilização não pode ser ignorada.
O desafio para o Estado e para as forças federais é atuar antes que esse movimento se estabeleça e imponha novas dinâmicas de poder no interior da Amazônia.


