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Fuzil no RJ com marca “CV AM” reforça presença da facção do Amazonas

Em meio a uma investigação de grande repercussão no Rio de Janeiro, foi apreendido neste dia 28 de outubro um fuzil com a inscrição “CV AM”.

Autoridades no Amazonas interpretam que o “AM” pode ser referência ao estado, um possível selo para marcar território usado pela facção criminosa na região.

Esse achado coincide com um momento de avanço dos grupos criminosos na região Norte do país, sobretudo em uma zona estratégica para o narcotráfico internacional.

O cenário no Amazonas

  • • Um estudo recente da Amazon Underworld aponta que o estado do Amazonas, especialmente a capital Manaus, se consolidou como elo logístico para o narcotráfico na Amazônia, com rios, fronteiras e portos sendo usados pelas facções CV e PCC.
  • • Conforme reportagem de agosto deste ano, o CV domina as rotas fluviais no estado e está mais presente do que o PCC, segundo fontes da segurança pública.
  • • Relatórios também mostram que traficantes usam drones, antenas e redes via satélite para monitorar forças de segurança no Amazonas, indicando sofisticados esquemas logísticos nas rotas da cocaína.

O que sabemos sobre a apreensão

Até o momento, não há confirmação pública de que a inscrição “CV AM” se refere ao Amazonas, nem o detalhamento oficial da apreensão (local exato, data, quantidade de armas com marca). Porém, a interação entre dados levantados na região (domínio do CV, uso de rotas amazônicas) com esse símbolo sugere que a facção pode estar operando ou testando presença mais visível no estado.

Impactos imediatos e riscos

  • • Se a ligação for confirmada, a presença do CV no Amazonas altera o equilíbrio criminal local, pois implicaria que a facção carioca não está somente exportando estilo ou marca, mas possivelmente instalando células ou ramificações (alguns relatórios apelidam esse segmento de “CV-AM”).
  • • A disputa entre facções por rotas, territórios ribeirinhos, pontos de apoio e logística pode gerar escalada de violência, inclusive em áreas remotas, ribeirinhas ou indígenas, onde o Estado costuma ter menor presença.
  • • O controle da rota permite não só o transporte de drogas, mas também de armas, insumos, e a lavagem de capitais, utilizando-se da complexa geografia amazônica (rios extensos, fronteiras nacionais) para se movimentar.

A apreensão do fuzil com marca “CV AM” funciona como um forte indício de que o crime organizado está testando ou consolidando presença no Amazonas.

Dada a relevância estratégica do estado, com fronteira com países produtores de cocaína, extensão fluvial, porto, rotas indianas, a hipótese de que a facção CV já braço conhecido como “CV-AM” esteja em mobilização não pode ser ignorada.

O desafio para o Estado e para as forças federais é atuar antes que esse movimento se estabeleça e imponha novas dinâmicas de poder no interior da Amazônia.

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