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Governador diz a Moro que mais de 200 estavam jurados de morte nos presídios

Lima pediu ajuda ao Ministro Sergio Moro, na busca por soluções urgentes no que abrange o combate ao narcotráfico.

O governador Wilson Lima, disse durante o encontro do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), que aconteceu nesta manhã (10) em Manaus, que os presídios do Estado, são masmorras.

“São sete unidades prisionais na capital e sete no interior. E apenas uma, a de Itacoatiara, podemos dizer que atende as condições de ser um presídio que atende as exigências padrão. As outras são verdadeiras masmorras porque foram construídas de acordo com modelos de penitenciárias que já existiam no país e não levaram a nossa regionalidade”, afirmou.

Wilson Lima, acrescentou ainda, que já havia um plano entre os detentos de matarem 225 internos, do dia 26 para 27 de maio e que mortes foram evitas pela eficacia e rapidez da secretaria de segurança, em contornar a situação.

“Seria o maior massacre da história. “Entramos nas celas e muitos foram retirados pois estavam sendo mortos por asfixia. Eram da mesma cela. Eram companheiros de crime que estavam se matando. Pelo menos 200 internos foram retirados. Mortes começaram, por mais incrível que pode acontecer, dentro das celas’, relatou o governador.

Na oportunidade, Lima apresentou o sistema prisional do Amazonas. Segundo ele, são aproximadamente 3.650 presos no regime provisório, outros 2.500 no regime fechado. Além disso, 1.500 estão no semiaberto e 1.200 no regime aberto.

“Uma briga interna entre membros da facção Família do Norte (FDN) provocou o massacre nos presídios”.

O governador destacou as peculiaridades do Estado do Amazonas e solicitou a cooperação do Governo Federal na busca por soluções em questões mais urgentes nessa área, que abrange o combate ao narcotráfico.

“Nós temos gente qualificada para fazer o que tem que ser feito. Aqui a gente quer o compromisso do Governo Federal, que olhe de maneira diferenciada o Estado do Amazonas. É preciso que entendam a nossa singularidade”, destacou o governador.

O ministro Sergio Moro se prontificou a continuar prestando a ajuda necessária ao Estado. “Quero dizer ao governador e ao povo do Amazonas que o Governo Federal pretende ser um parceiro, o que puder ajudar, como já vem ajudando, como o envio da Força Tarefa. O que o Governo Federal puder ajudar, vai tomar as providências. Nós estamos atentos e sabemos de nossas responsabilidades para resolver essas situações específicas”, afirmou o ministro.

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