Wilson Lima defende desenvolvimento econômico e questiona discurso ideológico em torno da questão ambiental na foz do Amazonas, que Ibama negou exploração de petróleo e gás natural pela Petrobras

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), expressou seu descontentamento com a decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de negar licença ambiental para a exploração de petróleo e gás natural pela Petrobras na foz do Rio Amazonas. A declaração foi feita ontem (24) durante o Fórum Nacional de Governadores, realizado em Brasília.
Ele argumentou que os estados da Amazônia Legal não devem ser condenados à miséria e à pobreza de seus habitantes devido a um discurso ideológico e mal orientado sobre questões ambientais.
O governador do Amazonas destacou que seu estado enfrenta obstáculos que dificultam seu desenvolvimento. Ele mencionou o gás natural e o potássio como exemplos de recursos que poderiam ser extraídos e explorados.
O governador afirmou que é crucial que o Brasil compreenda que os residentes da Amazônia são tão brasileiros quanto aqueles que vivem em São Paulo ou no Rio de Janeiro.
Ele ressaltou que a população da Amazônia não pode ser condenada à pobreza e ao subdesenvolvimento por caprichos ideológicos e falta de compreensão da complexidade da região.
Questionado sobre o posicionamento ideológico da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Wilson Lima evitou entrar em confronto, mas enfatizou a necessidade de encontrar um equilíbrio entre o progresso econômico e a preservação ambiental. Ele defende a busca por um caminho de conciliação entre ambos os aspectos.
Petrobras pedirá que Ibama reconsidere decisão
A Petrobras divulgou um comunicado, nesta quarta-feira (24), informando que vai protocolar, ainda nesta semana, um pedido ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que reconsidere o veto à exploração de petróleo e gás na bacia da foz do Amazonas.
No texto, a petrolífera defende que o procedimento está de acordo com as normas regulatórias e que “cumpriu todas as exigências técnicas demandadas pelo Ibama para o projeto”. Mesmo assim, se prontifica a “atender demandas adicionais porventura remanescentes”.