A previsão é atender 3,7 milhões de residências em todo o país com o fornecimento de energia elétrica a partir do gás natural entre o fim de 2026 e o início de 2027
![](https://portalvoce.com/wp-content/uploads/2024/03/86f93ec0-4a3d-4aef-a03c-51b35b60d0de-1024x682.jpg)
A Eneva e o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciaram nesta segunda-feira (25) investimentos de R$ 5,8 bilhões no Complexo Azulão 950, no município de Silves – a 250 km de Manaus por estrada – na construção das usinas termoelétricas movidas a gás natural de Azulão I e II. O empreendimento, previsto para começar a gerar energia em 2026, terá capacidade para produzir 950 MW – aproximadamente 3,7 milhões de residências – e geração de 5 mil empregos diretos e indiretos.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o Amazonas possui a maior reserva de gás em terra do país, o que representa um grande potencial para o estado tendo em vista o avanço na utilização em empreendimentos comerciais, unidades residenciais, indústrias e veículos.
Segundo a Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), já são mais de 18,3 mil unidades consumidoras (UC’s) contratadas; sete postos de combustíveis em operação com gás natural veicular (GNV); e a rede de distribuição de gás natural, que já possui 287 km de extensão, abrangendo mais de 20 bairros da capital.
As usinas termelétricas Azulão I e II vão utilizar combustível da Bacia do Amazonas conectadas ao Subsistema Norte do Sistema Interligado Nacional.
O diretor-presidente da Eneva Lino Cançado enfatizou o impacto econômico e social do projeto, como a geração de empregos na obra do azulão nos próximos anos.
“A gente traz desenvolvimento para a região, gerando diversos empregos na planta de Azulão e durante a construção, vamos gerar, no pico das obras, algo próximo a 4 mil empregos e, durante a operação, mais 15 anos gerando emprego, mão de obra e dando oportunidade para os habitantes da região e dos municípios do entorno”, disse o presidente da Eneva.
Quebra do monopólio
Wilson Lima afirmou que a atração de novos investimentos, como o novo projeto da empresa Eneva em Silves, comprova o acerto na definição, pelo Governo do Amazonas, em 2021, do novo marco legal para o serviço de distribuição e comercialização do gás natural no estado.
“A quebra do monopólio de gás, com a ajuda da Assembleia Legislativa, foi decisiva para que esse empreendimento da Eneva, a exploração do gás natural, pudesse ser viabilizado, assim também como para atração de outros empreendimentos para o Amazonas. A operação da Eneva é fundamental porque passa um recado importante para o mercado sobre a segurança jurídica e a confiabilidade que se pode ter no governo de que as regras não serão mudadas”, disse o governador Wilson Lima durante o evento.
Segundo ele, o mercado de gás natural tem se consolidado como forte alternativa de desenvolvimento econômico no Amazonas.
O governador também anunciou iniciativas conjuntas com a Eneva para promover a formação de mão de obra desenvolvida, como a inauguração da Escola Técnica de Silva (Cetam).
Os cursos oferecidos incluem Técnico em Gás e Energia, Técnico em Eletro Mecânica e Agropecuária, além de programas de Qualificação e Instrumentação. Como incentivo adicional, o governador revelou a concessão de bolsas de estudo no valor de R$ 1.300 para cada candidato inscrito nos cursos.
Participaram do evento em Silves o vice-governador Tadeu de Souza; o prefeito do município, Paulino Grana; os secretários de Energia, Mineração e Gás (Semig) Roney Peixoto; de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique; do Instituto de Proteção Ambiental (Ipaam), Juliano Valente; da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado (Arsepam), Ricardo Lasmar; do Centro de educação Tecnológica, Fábio Albuquerque; presidente da Cigás, Heraldo Câmara; Lúcia Carla, da Unidade de Gestão Integrada (UGI); os deputados estaduais Mário César Filho, Sinésio Campos e Cabo Maciel; o presidente da Eneva, Lino Cançado, além da vereadores de Silves.