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7 de Setembro: governo convoca servidores para ocupar as arquibancadas

O governo do presidente Lula convocou servidores públicos de todos os ministérios para que fossem hoje ao desfile de 7 de Setembro, desta quinta-feira (7), na Esplanada dos Ministérios em Brasília. O Objetivo foi evitar oposição com vaias e protestos nas arquibancadas.

No primeiro 7 de Setembro do terceiro mandato de Lula, tudo foi preparado para tirar a imagem de patriota conquistada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Desde a invasão do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de janeiro, Lula tenta passar a mensagem de união entre os Poderes. Foi em 7 de Setembro de 2021 que Bolsonaro chamou o ministro do STF Alexandre de Moraes de “canalha”.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) não apareceu no desfile. O do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-AL), foi assim como Rosa Weber, do Supremo, e os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, todos ostentando alinhamento com o atual governo.

Os deputados André Fufuca (PP-MA), que ocupou o ministério do Esporte no lugar de Ana Moser, e Sílvio Costa Filho (Republicanos-PE), não foram ao evento. Márcio França, ex-titular de Portos e Aeroportos, que foi desligado exonerado.

Planejada para aumentar a base de apoio no governo no Congresso, a reforma ministerial de Lula virou uma novela que se arrasta há mais de dois meses e deve deixar cicatrizes políticas.

O ex-ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), considera um erro entregar o ministério para o Republicanos, partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, dando munição a um aliado de Bolsonaro.

Apesar da resistência, França foi mesmo transferido para Pequenas e Médias Empresas, o 38º ministério criado por Lula – em um governo que já enfrenta dificuldades orçamentárias. Tanto França como Ana Moser confirmaram participação na cerimônia do 7 de Setembro. Mas Mozer não comapareu.

O público estimado para o desfile era de 30 mil pessoas, mas deu bem menos que isso. O Ministério da Defesa, comandado por José Múcio Monteiro, levará aproximadamente 2.600 pessoas para assistir à cerimônia na arquibancada.

A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), organizadora da festa, nega que o governo tenha estabelecido metas de presença para cada ministério.

Segundo assessores da Secom, foi aberto um número determinado de convidados para cada pasta apenas para facilitar a operação de segurança, mas todas as repartições acabaram solicitando mais vagas.

O ministro-chefe da Secom, Paulo Pimenta, disse não acreditar em atos de vandalismo no 7 de Setembro. “Será um momento especial para fortalecermos a democracia e a soberania nacional”, afirmou Pimenta.

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