
O governo federal enviou uma equipe do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), da Defesa Civil Nacional, para ajudar a população de Manacapuru, cidade da Região Metropolitana de Manaus, 80 km da capital do Amazonas pela rodovia AM-070. Um deslizamento de terra abriu uma cratera na orla do município, às margens do Rio Solimões, e atingiu, na tarde desta segunda-feira (7), o Porto da Terra Preta. Parte da estrutura desabou.
Equipes de resgate estão no local em busca de vítimas. O Corpo de Bombeiros está mapeando a área com ajuda de mergulhadores e especialistas em estruturas danificadas. Até o momento, uma pessoa morreu e nove ficaram feridas. Além disso, Letícia Coreia de Queimroz, de 6 anos, continua desaparecida.
A Marinha também enviou um helicóptero esquilo, navios de assistência hospitalar, uma lancha, mergulhadores, fuzileiros navais e equipes de saúde para ajudar nas buscas e salvamento de possíveis vítimas. Além disso, a força abriu um inquérito para apurar as causas e circunstâncias do acidente.
Grupo de Apoio a Desastres (Gade)
O Gade é uma equipe técnica que ajuda municípios em situações de desastre. Eles são coordenados pelo Centro Nacional de Monitoramento de Riscos e Desastres (Cenad). Segundo a Defesa Civil, essa equipe já estava em Manaus para ajudar no combate à seca e incêndios florestais e foi mobilizada rapidamente para a cidade afetada.
Repasse de recursos
O governo federal também autorizou o envio de R$ 28,5 milhões para ajudar cidades em Rondônia, Amazonas e Pará em ações de resposta a desastres. Rondônia receberá a maior parte, com R$ 13,5 milhões, enquanto Amazonas e Pará receberão R$ 1,7 milhão e R$ 13,1 milhões, respectivamente.
Defensoria apoia famílias
A Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) está atuando para ajudar as famílias atingidas pelo deslizamento. As famílias podem procurar assistência jurídica no prédio do Polo Rio Negro e Solimões, localizado na Rua União, bairro Aparecida, ao lado do Fórum de Justiça. O atendimento ocorre no formato de plantão até às 18h.
O defensor Lucas Matos destaca que não é necessário agendamento para ser atendido. “A Defensoria Pública está à disposição de todas as pessoas que tenham sido afetadas de alguma forma pelo ocorrido. Por ser uma situação de urgência, o atendimento é prioritário e será realizado no mesmo dia, sem necessidade de agendamento prévio, especialmente quando se tratar de segunda via de documentos pessoais que podem ter se perdido na tragédia”, disse.
Além disso, a Defensoria Pública designou uma equipe para atuar diretamente no local do acidente. A equipe está avaliando as medidas de segurança, como a delimitação do perímetro de risco, e acompanhando de perto os esforços de busca e salvamento, buscando assegurar que as famílias tenham suporte durante este momento crítico.