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iFood faz primeira entrega com drone

Campinas (SP) foi o lugar escolhido para os primeiros testes envolvendo um drone para entregas de pedidos feitos via iFood. A fase ocorre logo após uma autorização recebida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para que o serviço passe a operar no Brasil.

O equipamento – projetado pela Speedbird, mas com 90% de peças importadas – possui 1,5 metro de altura e 1,20 de largura, e promete levar pedidos com até 2 kg a velocidades que podem chegar a 32 km/h. Para isso, ele conta com seis motores, dois aparelhos GPS e conexão 4G. Com esses equipamentos, um pedido que normalmente demoraria 12 minutos para ser entregue, é levado até o endereço de destino em apenas dois minutos.

A autonomia de voo do dispositivo é de 30 minutos, e seu trajeto deve ocorrer em um raio de até 5 km do ponto de partida. Além disso, há algumas restrições em relação à utilização, como recomendações para evitar o tempo chuvoso ou com ventos acima de 50 km/h.

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Caso algum acidente ocorra, ele ainda possui um paraquedas para emergências. “Na eventualidade da necessidade de usar o paraquedas, o próprio computador interno do drone pode ejetar esse paraquedas, vai cortar os motores, eles param de rodar, o paraquedas é ejetado com um explosivo interno, então assim em menos de um segundo ele abre”, disse o operador do drone durante o teste.

A demonstração ainda contou com uma espécie de plataforma para pouso e decolagem, batizada de “droneporte”, criada pelo iFood para viabilizar a entrega. A partir deste ponto, o drone foi até um restaurante do shopping da cidade para coletar um pedido feito pelo aplicativo.

Após coletar a comida, o equipamento levou a encomenda até um ponto específico de distribuição em que um motoboy da empresa esperava para levar a compra até o endereço do solicitante. Como há um limite de peso para cada entrega, a aquisição deve ser pesada antes de ser acoplada ao drone, essa é uma das exigências para que a modalidade possa funcionar por aqui.

Autorizado

A autorização concedida marca um avanço na modalidade do transporte de entregas. Isso porque, mesmo em caráter experimental, foi a primeira do tipo emitida pela Anac. O documento permite que testes sejam feitos além da chamada linha de visão, ou seja, em momentos que o operador não precisa necessariamente manter contato visual para operar o equipamento.

No entanto, vale lembrar que, mesmo que o dispositivo projetado possa voar de forma autônoma de um ponto a outro, devido à legislação vigente, é necessário que um operador esteja a postos para intervir, caso necessário.

Em uma nova etapa de testes, a empresa de entregas planeja uma segunda rota, seguindo um novo ponto de distribuição – a fase deve ocorrer em outubro. Por enquanto, a companhia afirma que o uso de motoboy para realizar a última etapa da entrega é indispensável, já que ainda não há autorização para entrega direta em condomínios, por exemplo.

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