A inflação do país acelerou de 0,44% em setembro para 0,56% em outubro, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. O resultado foi puxado pelo aumento da conta de luz e dos alimentos. Só as carnes subiram 5,81% no mês, maior alta em quatro anos.
Com o resultado, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 4,76% – acima do teto da meta estabelecida pelo Banco Central. O centro da meta para inflação é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos
A alta do dólar influencia no aumento da inflação. Este ano, a moeda americana já subiu quase 17%. Nesta sexta-feira (8), o dólar operou em alta novamente e chegou a alcançar R$ 5,77, à espera do anúncio de medidas fiscais pelo governo.
Mesmo com estimativa de safra recorde, a previsão do mercado é que os alimentos tenham forte alta em 2025, por causa do câmbio e por descompasso entre oferta e demanda no campo.
Os indicadores divulgados pelo IBGE, que medem a inflação tiveram como principal vilão a carne, que registrou alta de 5,81% mais cara. Outros itens que pesaram no bolso dos brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram a habitação (1,49%), a bandeira vermelha de energia que subiu 4,74% e a alimentação (1,06%).