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INSS devolverá R$ 292 milhões a aposentados por fraude; calendário

O INSS vai devolver quase R$ 293 milhões a aposentados e pensionistas a partir de 26 de maio. O dinheiro se refere a descontos de mensalidades de sindicatos e associações feitos em abril e que foram bloqueados após investigação da Polícia Federal.

Os valores serão depositados diretamente na conta onde o beneficiário recebe o pagamento mensal. O calendário de devolução segue o número final do benefício (sem considerar o dígito verificador) e vai até 6 de junho.

O presidente do INSS, Gilberto Waller, garantiu que os beneficiários que não autorizaram os descontos vão receber o dinheiro de volta. No entanto, a devolução dos valores cobrados antes de abril não será automática.

Segundo o cronograma, o governo deve informar os aposentados e pensionistas no dia 13 de maio sobre quais descontos associativos foram feitos em seus nomes. No dia seguinte, serão divulgados dois canais para consulta detalhada, informando qual associação fez o desconto e o valor.

O objetivo é permitir que os beneficiários conheçam seus direitos e tenham meios de recuperar o dinheiro cobrado indevidamente.

Calendário de devolução

Para quem recebe 1 salário mínimo:

  • Final 1 – 26/05
  • Final 2 – 27/05
  • Final 3 – 28/05
  • Final 4 – 29/05
  • Final 5 – 30/05
  • Final 6 – 02/06
  • Final 7 – 03/06
  • Final 8 – 04/06
  • Final 9 – 05/06
  • Final 0 – 06/06

Para quem recebe mais de 1 salário mínimo:

  • Finais 1 e 6 – 02/06
  • Finais 2 e 7 – 03/06
  • Finais 3 e 8 – 04/06
  • Finais 4 e 9 – 05/06
  • Finais 5 e 0 – 06/06

Entenda o caso

As devoluções fazem parte de uma investigação que identificou fraudes em acordos entre o INSS e entidades como sindicatos e associações.

Essas instituições ofereciam serviços como assistência jurídica, plano de saúde com desconto e auxílio funerário. Para isso, tinham permissão para descontar mensalidades diretamente na aposentadoria dos associados.

O problema é que muitas dessas associações cadastraram aposentados sem consentimento, usando documentos e assinaturas falsificadas. A Polícia Federal estima que a fraude tenha causado um prejuízo de R$ 6,5 bilhões entre 2019 e 2024.

A Controladoria-Geral da União também apontou falhas graves: 70% das 29 entidades analisadas não apresentaram documentação completa ao INSS.

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