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Justiça decreta prisão preventiva de policiais civis e militares por sequestro e extorsão;um era condenado

Edvaldo Ewerton Pinto de Souza, de 25 anos, foi alvo da Polícia Federal na operação Fair Play, entre 2021 e 2022

O ex-policial militar Germano da Luz Júnior, 37 anos, um dos presos em flagrante foi condenado no mês passado na 2ª Vara do Tribunal do Júri, a 11 anos e oito meses de prisão por homicídio ‘qualificado-privilegiado’ contra um colega de farda. Ele foi preso com um grupo armado de policiais civis e militares de onze integrantes sob o comando do delegado do 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Eric de Souza Tavares, que foi interceptado neste domingo (23), na Estrada de Novo Airão (AM-352), com dois reféns que haviam sido sequestrados e extorquidos em Manacapuru – na Região Metropolitana de Manaus – 80 km da capital amazonense.

Outro preso Edvaldo Ewerton Pinto de Souza, 25, também envolvido nos crimes em Manacapuru, foi alvo da Polícia Federal (PF) da operação Fair Play, entre 2021 e 2022, que investigava crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa e esquema de pirâmide, que movimentou R$ 156 milhões com ‘golpe do empréstimo’ no Amazonas e mais três estados.

A Justiça do Amazonas transformou a prisão em flagrante para preventiva do grupo, após Audiência de Custódia, ontem à tarde. A decisão foi juíza Scarlet Braga Barbosa Viana.

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Os presos são:

Policiais Civis

Ericson de Souza Tavares – Delegado do 6º DIP
Eliezio Alencar de Castro – Investigador de Polícia.
Anderson de Almeida Maia – Investigador de Polícia.
Alessandro Edwards da Cruz – Investigador de Polícia.

Policiais Militares

Ueslei Rodrigues da Silva – Cabo da PM
Kemer Cruz Pimental – Cabo da PM
Jozimo Diniz da Silva – Cabo PM.
Eldon Nascimento de Souza – Cabo da PM
Alexandro Conceição dos Santos – 3º Sargento da PM

Civis

Germano da Luz Junior – Civil
Edvaldo Ewerton Pinto de Souza – Civil

Coletiva de Imprensa

Na manhã desta segunda-feira (25), o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcos Vinícius, e o Corregedor-Geral do Sistema de Segurança Pública , coronel Franciney Machado Bó, deram entrevista coletiva na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Manaus.

Vinicius disse que “tem de cortar na carne” e o Ministério Público pediu a prisão preventiva dos policiais envolvidos. “Nós não queremos fazer juízo de valor e temos que valorizar os bons policiais”, declarou.

Com os policiais presos foram encontradas armas da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) e armamento de grosso calibre, além de veículos com placas adulteradas.

Segundo o Corregedor-Geral, informou os policiais não estavam em missão em Manacapuru e que já vinha sendo investigado após denúncias de que servidores da SSP estavam envolvidos em sequestro, extorsão e tráfico de drogas. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público do estado (Gaeco) já vinha monitorando as atividades dos policiais.

O caso

O grupo, se apresentando como policiais, chegou em três carros e invadiu uma casa no bairro Correnteza, na manhã do último sábado (23) e sequestrou o casal Gabriela Pereira de Assis, de 24 anos, e seu companheiro José Travassos. Os homens exigiam que os dois indicassem o local onde estava um carregamento de droga.

Depois que os sequestradores foram embora, familiares saíram a procura dos dois em várias unidades policiais, sem encontrar informações, e registraram a ocorrência, além do sumiço de mil reais que foi levado pelo grupo.

Após a denúncia, policiais militares e civis de Manacapuru saíram a procura dos três veículos com os ocupantes armados. No final da tarde, dois carros foram localizados e interceptados na Estrada Manacapuru – Novo Airão (AM-352). Logo depois quatro PMs foram presos em Novo Airão. Todos foram levados para a delegacia de Manacapuru.

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