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Líder político do Hamas e morto por foguete no Irã

O líder sênior do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto nesta quarta-feira (31). Ele estava no Irã para participar da posse do novo presidente do país, quando a residência em que estava para veteranos no Norte da na capital Teerã foi atingida por um foguete, segundo informou Khalil al-Hayya, porta-voz e vice-chefe do Hamas. De acordo com o representante, o quarto em que ele estava foi atingido diretamente pelo petardo.

No início do dia, a mídia estatal iraniana IRNA relatou um “projétil guiado pelo ar” havia atingido o prédio por volta das 2h, no horário local, embora não estivesse claro o que isso seria. Ainda segundo a IRNA, o guarda-costas do líder político do Hamas também foi morto.

O Hamas acusou Israel pelo ataque. Questionados sobre isso, os militares israelenses disseram que “não respondem a relatos da mídia estrangeira”.

Khalil al-Hayya, porta-voz do Hamas, afirmou que as Brigadas Al Qassam, ala militar do grupo, não deixaria o assassinato “passar despercebido”. Além disso, ressaltou que Israel “pagaria o preço pelo crime hediondo” de assassinar Haniyeh. O Irã também culpou Israel e afirmou que o país vai enfrentar resposta “dura”.

Quem foi Ismail

Ismail Haniyeh, de 62 anos, nasceu em um campo de refugiados perto da Cidade de Gaza e se juntou ao Hamas no final dos anos 1980, durante a Primeira Intifada, ou levante.

À medida que o Hamas crescia em poder, Haniyeh subiu na hierarquia — sendo nomeado parte de uma “liderança coletiva” secreta em 2004.

Ele se tornou chefe político do Hamas em 2017. No ano seguinte, foi nomeado “terrorista global especialmente designado” pelos Estados Unidos.

Apesar dessa designação — e diferente da liderança militar do Hamas — Haniyeh viajou pelo mundo, encontrando-se com figuras mundiais como chefe político da organização.

Durante a guerra com Israel na Faixa de Gaza, ele assumiu um papel central nas negociações de reféns e cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Ele disse que o Hamas estava disposto a fechar um acordo — mas isso exigiria que Israel se retirasse de Gaza e uma garantia de cessar permanentemente os combates no enclave, exigências que Israel chamou de “inaceitáveis”.

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