
O livro “Povos Indígenas do Alto Rio Negro e dominação colonial – A resistência na contracorrente de missões, missionários e militares” será lançado sábado (10) na Valer Teatro, no Centro de Manaus, a partir das 9h. A entrada é gratuita.
A obra foi escrita pelas pesquisadoras Edna Castro e Joaquina Barata e os pesquisadores Valdecir Palhares e Antonio Maria de Souza Santos. Edna castro estará presente para sessão de autógrafos.
“O livro acrescenta conhecimentos que já consolidamos sobre a ditadura militar no Brasil e traz informações sobre os indígenas do Alto Rio Negro naquele período. É importante como um documento sobre o momento político brasileiro e, também, como ponto de referência para estudos atuais”, disse a coordenadora editorial da Valer, Neiza Teixeira.
A obra expõe as relações que foram estabelecidas com os povos indígenas ao longo de séculos e as marcas das contradições do processo de dominação colonial, incluindo as alianças e os conflitos, as formas de resistência e o convívio com missionários e colonizadores.
“Os indígenas guardam ainda hoje na memória as histórias de violência, de descimentos de suas aldeias, a exploração do trabalho nos povoados, a dizimação de muitos povos e pessoas desde o início do processo de colonização do vale do rio Negro”, explicou Edna Castro.
Para além das referências teóricas, o livro relaciona informações, inclusive fotográficas, obtidas diretamente em campo, com os interlocutores indígenas e não indígenas, a partir de um relatório classificado como secreto e interditado à circulação pela ditadura militar. Até mesmo aos autores foi negado acesso a este documento, que só depois conseguiram para apresentar a situação da região.
O livro pode ser adquirido no site da Editora Valer, na Livraria Valer e nas plataformas digitais por R$ 88.
A obra é resultado do relatório de 1976 de Álvaro Tukano e do escritor amazonense Márcio Souza sobre o genocídio de povos indígenas praticados pelos militares durante a ditadura.