O projeto da Flona do Jatuarana contempla a concessão de quatro Unidades de Manejo Florestal (UMFs), em uma área de 453 mil hectares (80% da área da floresta), por 37 anos. Potencial de arrecadação de até R$ 32,6 milhões por ano.

Três das quatro áreas da Floresta Nacional (Flona) de Jatuarana, no sul do Amazonas, leiloadas nesta quarta-feira (21), ficarão sob responsabilidade de madeireiras do Mato Grosso.
O leilão ofereceu a concessão por 37 anos para exploração sustentável de 453 mil hectares da Flona, o equivalente a quase 80% da área total da unidade, localizada no município de Apuí. O projeto prevê arrecadação potencial de até R$ 32,6 milhões por ano, além da geração estimada de 1.300 empregos diretos e indiretos na região.
Além de madeira em tora, os contratos preveem a exploração sustentável de produtos como palmito, açaí, castanha-do-pará e óleo de copaíba, conforme o Plano de Manejo aprovado.
Apesar da importância estratégica da floresta e dos discursos constantes e inflamados em defesa da bioeconomia no Amazonas como alternativa econômica, o resultado mostra que a maior parte da concessão será operada por grupos do Centro-Oeste.
A UMF-I foi arrematada pela empresa OC Prime Comércio e Industrialização de Madeiras Ltda, do Mato Grosso, com lance de R$ 244,98 por metro cúbico de madeira em tora e outorga fixa de R$ 4 milhões.
A outorga fixa de manejo de floresta é um valor fixo, pago por uma empresa ou pessoa jurídica, para ter o direito de explorar uma área florestal de forma sustentável. Este valor é pago de uma só vez, no momento da assinatura do contrato de concessão florestal.

A UMF-II foi vencida pela única empresa amazonense no páreo, a E. Duarte da Silva Ltda (Madeireira Gedai), de Manicoré, que ofereceu R$ 193,65 por metro cúbico e uma outorga de R$ 5 milhões.

Na UMF-III, quem venceu foi a Brasil Tropical Pisos Ltda, de Alta Floresta (MT), com lance de R$ 150,48 por metro cúbico e outorga de R$ 2,2 milhões.

Já a UMF 4 também ficou com a Brasil Tropical Pisos Ltda que ofertou R$ 152,86 por metro cúbico de madeira e também R$ 2,2 milhões de outorga fixa.
