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Mais de 340 mil manauaras estão com o nome sujo na praça

Pesquisa do SPC-Brasil aponta que um dos principais motivos para o alto volume de pessoas endividadas é o desemprego.

Aproximadamente 345 mil pessoas estão inadimplentes em Manaus, o que representa 3,2% dos consumidores impossibilitados de comprar a prazo. Os dados são da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus).

O presidente do CDLM, Ralph Assayag, disse que o volume inadimplentes faz parte de um “estoque” de débitos de cinco anos. Mas, segundo ele, esse índice vem baixando nos últimos anos, em 2017, por exemplo, a inadimplência atingia 4,9% dos consumidores, em 2018 caiu para 4,1%.

O dirigente do CDL-Manaus aponta que as campanhas realizadas no final de cada ano, chamando os consumidores para negociar os seus débitos, como um dos fatores para a queda da inadimplência em Manaus. Em 2018 cerca de 41 mil pessoas aderiram à campanha.

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Apostando na estabilidade econômica e na queda do desemprego, a CDL-Manaus trabalha com a perspectiva de fechar o ano com um índice de inadimplência de apenas 2,8%. Associado as previsões de estabilidade econômica, os lojistas estão sendo orientados a analisar melhor a solicitação de crédito do consumidor antes de liberar a venda.

Pesquisa realizada em setembro de 2018 pelo Serviço de Proteção do Crédito (SPC), mostrou que dentre as principais causas da inadimplência entre os manauaras, estava a questão da perda do emprego (37% dos casos), um índice que naquele momento poderia chegar a 38% nas classes C e D, a redução da renda (24%) e a falta de controle financeiro (12%).

A pesquisa mostrou, ainda, que considerando apenas aqueles consumidores que se endividaram por descontrole do orçamento ou porque tiveram crédito fácil nas lojas, 39% dos entrevistados justificaram a falta de controle afirmando que quiseram aproveitar as promoções oferecidas pelas lojas, o que acabou levando-os a fazer gastos extras sem avaliar o orçamento mensal.

Já 24% dos entrevistados reconhecem não ter negociado bem os preços no momento da compra e 14% disseram que costumam comprar mais do que o necessário para se sentir bem quando estão ansiosos. 

No início da segunda quinzena de janeiro a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), divulgou o Indicador de Inadimplência, mostrando que em 2018 esse índice apresentou um crescimento de 4,41% em relação a 2017, atingindo cerca de 62,6 milhões de brasileiros, o que representa 41% da população adulta.

A pesquisa da CNDL mostra, ainda, que as contas básicas com serviços essenciais para o funcionamento da residência, como água e luz, foram as que mais cresceram no período, um avanço de 14,88%.

Em segundo lugar estão as dívidas bancárias (cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos), com crescimento de 6,81% na comparação anual. As dívidas contraídas no comércio e com boletos de telefonia, TV por assinatura e internet caíram 5,09% e 0,37%. Em média, cada inadimplência possui duas pendências financeiras.

Entre as regiões que registraram crescimento na inadimplência no final do ano passado, a Região Norte foi a que apresentou o menor índice, 0,85%. A Região Sudeste (8,44%), Sul (1,80%) e Nordeste (1,62%). Já a Região Centro-Oeste registrou uma queda de 1,79% no índice de inadimplência.

O volume de dívidas em nome de pessoas físicas apresentou crescimento de 2,75% em 2018, sendo que em 2017 o indicador tinha registrado uma queda de 2,70% em comparação ao ano anterior. A maior frequência de negativados está entre os 30 e 39 anos.

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