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Mais de 4,5 mil alunos amazonenses sem aulas por seca

Cerca de 4.570 alunos da rede de ensino de Manacapuru estão sem aula por causa da seca extrema que atinge o estado do Amazonas. Na região, o rio Solimões, que é um dos maiores afluentes do rio Amazonas, bateu na semana passada sua menor marca da história, atingindo dois metros e seis centímetros.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, as aulas foram suspensas em 75 das 111 escolas do município no último dia 16. Isso porque os rios fazem parte do trajeto para que as crianças cheguem nas instituições de ensino.

Com a seca, porém, a navegação se torna mais difícil e os alunos precisariam andar por quilômetros por onde antes passava a água.

Em uma das localidades, na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, onde fica a escola municipal Lima Bernardo, um banco de areia se estende por 2 km em direção ao outro lado do rio Solimões.

Para chegar da nova margem até a escola, a caminhada levaria cerca de 30 minutos sob sol quente e com risco de cruzar com uma tempestade de areia.

Subida em São Gabriel da Cachoeira em meio ao repiquete

Após uma semana de subida vertiginosa, o rio Negro começou a enfrentar o fenômeno do repiquete e voltou a cair,  em 5 de outubro, no município de São Gabriel da Cachoeira. A queda refletiu na cidade de Manaus na semana passada e fez a água descer 21 centímetros em quatro dias. Nesta segunda-feira (28), o rio caiu seis centímetros, segundo o porto de Manaus.

Contudo, o fenômeno pode encerrar em breve. De acordo com o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), o rio voltou a subir na cabeceira em 25 de outubro. Naquele dia, a estação de Curicuriari registrou o rio em 6,82 metros. Nesta segunda-feira, por volta das 9h, o rio já estava em 7,06 metros, crescimento de mais de 13 centímetros.

O ritmo do repiquete se mantém na mesma faixa em Barcelos, que viu o riu descer novamente desde 11 de outubro com quedas que variam de 5 a 9 centímetros por dia. Entre ontem e hoje, a água caiu mais seis centímetros e o rio chegou a 2,19 metros na localidade.

O prognóstico do último boletim divulgado pelo SGB/CPRM indica que o rio deve iniciar o processo de cheia definitivamente nas primeiras semanas de novembro e prosseguir com o ritmo até a próxima estiagem entre junho e julho de 2025.

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