
Manaus, comemora há dez anos, o Bloomsday, um dia dedicado ao personagem Leopold Bloom, protagonista de Ulisses, obra prima do escritor irlandês James Joyce, com um sarau no dia (18), 19h, na Casa Som Amazônia, rua Neves da Fontoura, 138 – Adrianópolis.
O evento insere-se no contexto das efemérides literárias global conhecida como Bloomsday, em referência ao personagem Leopold Bloom, protagonista da obra.
Quem quiser participar do evento em Manaus deve confirmar presença e garantir o convite (card). O evento tem vagas limitadas. Contato: metaphora.arte@gmail.com/98123-8198.
A curadoria esta a cargo do escritor e poeta, Nelson Castro, do Clube Literário do Amazonas (CLAM) em parceria com a escola de música Casa Som Amazônia, nessa edição de 2025, com o apoio cultural e o espaço de realização do sarau, juntamente com a Metaphora Editorial. A Casa Som Amazônia fica em frente ao supermercado Hiper DB, da av.Umberto Calderaro (antiga av.Paraiba).
Em Manaus, o Bloomsday acontece desde 2015, e o seu idealizador é o poeta e produtor cultural Nelson Castro, que afirma que a realização do Bloomsday em Manaus, é uma oportunidade de inserir a produção local nesse circuito literário internacional, estimulando o contato com a literatura em formatos inovadores. “Além disso, ao conectar o universo joyciano com as práticas artísticas locais, o projeto fomenta a interdisciplinaridade e a valorização da arte como meio de expressão, formação”.
A diretora-proprietária da Casa Som Amazônia, Ellen Fernandes, conta que a casa abre as portas para esse evento que tem uma importância internacional, colocando a literatura amazonense em foco. “Para nós da Casa Som Amazônia o evento entra em sintonia com a expansão de sua contribuição social no cenário cultural da cidade de Manaus.”
A proposta deste projeto é trazer essa celebração para o contexto amazônico, promovendo atividades artístico-literárias acessíveis e criativas, aproximando o público da obra e de seu legado cultural.
Programação
O sarau especial do Bloomsday – 2025, começa às 19h, e tem a abertura por Nelson Castro, e a palestra com o tema: Ulisses de James Joyce -103 anos, por Augusto Niemar.
Uma Exposição e Instalação com livros, será exposta no auditório do evento.
As, 19h20, a celebração do Bloomsday, com a performance: Cordel do Bloomsday por Jorge Bandeira, ator e diretor teatral.
As 19h30, acontece o
Sarau: In-Poesia, com os Poetas do Clam:
Ecila Mabelini – “Em mim”, Miguel de Souza – “Poeta-elo”, Álvaro Smont – “O Clube”, Enedina Bentes – “Hospede”, Naldo Cinzas – “Eu-poeta”,
Dryelli Melo – “A graça da poesia”, Rafael Neves – “Ave palavra”,
Nelson Castro – “Autobiografia”,
Gracinete Felinto –
“Homens-Poetas”, e os
Convidados especiais:
Musical: Mauri Marques,
alunos das escolas E.E. Cleomenes, Ducarmo Chaves e E.M. Francisco
Guedes de Queiroz,
(Professor Ricardo Dutra e Professora Marlene Sena);
Literatura de Cordel,
Edivan Rafael.
Haverá também, o sorteio de livros e coquetel, com encerramento previsto para as 20:30.
O dia
O Bloomsday é comemorado anualmente no dia 16 de junho, por leitores, acadêmicos e entusiastas da literatura moderna em várias partes do mundo, especialmente em Dublin (onde o romance se passa), Irlanda, onde a data é feriado e as comemorações acontecem durante uma semana. Comemorado desde 16/06/1954, o Bloomsday é o único dia dedicado mundialmente a um personagem literário. A celebração estimula a leitura, a performance literária, a reflexão crítica e a apropriação artística de um clássico da literatura universal.
Obra e personagem
Na obra o autor mergulha no universo do personagem Leopold Bloom, um cidadão comum, durante o período de um dia (16/05/1904) – uma referência à Odisséia de Homero, que relata as aventuras de Ulisses o herói grego e suas aventuras no poema, já Joyce transforma a rotina diária de Bloom numa odisseia de sobrevivência do homem comum, diante das tentações e desafios do mundo.
O autor
James Joyce é um dos nomes mais influentes da literatura ocidental. Sua obra Ulisses representa um marco do modernismo literário, e, é reconhecida por sua complexidade estilística, seu experimentalismo narrativo e seu diálogo com a tradição clássica, especialmente com a Odisseia de Homero.