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Manaus é a capital com maior perda de vegetação urbana nos últimos 20 anos

As cidades brasileiras têm, na média, 11% de vegetação em suas áreas urbanas e Manaus em vinte anos, Manaus foi a capital brasileira que mais perdeu vegetação urbana proporcionalmente. Entre 2003 e 2023, a capital amazonense registrou uma redução de 1.157,6 hectares em suas áreas verdes, o equivalente a mais de 1.100 campos de futebol.

A capital aparece em 7ª lugar, tinha 28,8% em 2003 e passou a 22,1% em 2023, com 6.263 hectares.

Os dados fazem parte do levantamento “Mapeamento Anual de Cobertura e Uso da Terra no Brasil – Coleção 9”, da rede MapBiomas, e abrange as áreas de vegetação urbana das cidades, incluindo parques, praças e áreas privadas com vegetação, além de fragmentos de vegetação incorporados pelo crescimento urbano.

Ele é produzido em um trabalho colaborativo de mais de 100 pesquisadores de universidades, ONGs e empresas de tecnologia do Brasil.

Em vinte anos, Manaus foi a capital brasileira que mais perdeu vegetação urbana proporcionalmente. Entre 2003 e 2023, a capital amazonense registrou uma redução de 1.157,6 hectares em suas áreas verdes, o equivalente a mais de 1.100 campos de futebol.

Em 2003, Manaus possuía 28,8% de vegetação urbana. Essa proporção caiu para 22,1%, em 2023. Mesmo com essa perda de vegetação, proporcionalmente, Manaus é a sétima capital que tem mais área verde totalizando 6.263 hectares.

Proporcionalmente, Rio Branco é capital que tem mais área verde: 32,8%. Entretanto, ela vem perdendo tamanho ao longo dos últimos 20 anos. Em 2003, esse percentual era de 43,3%. Já Natal é capital como menor vegetação (veja ranking abaixo).

Em termos absolutos, a capital com maior vegetação urbana é o Rio de Janeiro, que tinha 12.961 hectares em 2023. Já Macapá, é a que temos: 1.063 hectares.

Das 27 capitais brasileiras, 19 ganharam percentual a mais de vegetação em suas áreas urbanas, enquanto as outras oito perderam.

Segundo Mayumi Hirye, coordenadora da equipe Urbano do MapBiomas, o mapeamento inclui as áreas de vegetação urbana nas cidades como parques, praças e áreas privadas com vegetação, além de fragmentos de vegetação que são as áreas que o crescimento das cidades incorpora.

Muitas vezes, essas áreas deixam de ser vegetação ao longo do tempo, ao lado de outras áreas verdes que são criadas. No balanço, observamos que as cidades crescem, mas que as áreas de vegetação urbana crescem mais. Isso é uma boa noticia, no sentido de que dentro da cidade existe um potencial de áreas de vegetação.

Mas esse potencial tem que ser qualificado para que ele possa servir às cidades a vegetação tem que ter um manejo adequado, ser transformada em uma área verde de lazer, em unidades protegidas.

Veja o ranking de capitais com mais área verde, proporcionalmente, nas áreas urbanas ao seu território:

1. Rio Branco (AC)

2003 – 43,3%
2023 – 32,8% (3.709 hectares)

2. Salvador (BA)

2003 – 26.1%
2023 – 26,2% (5.502)

3. Vitória (ES)

2003 – 26,1%
2023 – 25,5% (1.262)

4. Florianópolis (SC)

2003 – 19,4%
2023 – 23,9% (2.442)

5. São Luís (MA)

2003 – 30,8%
2023 – 23,0% (4.260)

6. Brasília (DF)

2003 – 13,1%
2023 – 22,6% (16.796)

7. Manaus (AM)

2003 – 28,8%
2023 – 22,1% (6.263)

8. Rio de Janeiro (RJ)

2003 – 16,6%
2023 – 20,6% (12.961)

9. Porto Alegre (RS)

2003 – 16,2%
2023 – 20,3% (3.860)

10. Aracaju (SE)

2003 – 20,7%
2023 – 19,1% (1.821)

11. Porto Velho (RO)

2003 – 21,8%
2023 – 18,2% (2.750)

12. Curitiba (PR)

2003 – 14,6%
2023 – 18,2% (6.154)

13. Maceió (AL)

2003 – 14,1%
2023 – 17,3% (2.030)

14. Belém (PA)

2003 – 22,5%
2023 – 17,2% (2.586)

15. João Pessoa (PB)

2003 – 7,4%
2023 – 17,1% (2.005)

16. Cuiabá (MT)

2003 – 13,8%
2023 – 16,1% (2.968)

17. Fortaleza (CE)

2003 – 15,3%
2023 – 14,2% (3.805)

18. Campo Grande (MS)

2003 – 13,6%
2023 – 14,0% (3.482)

19. Belo Horizonte (MG)

2003 – 10,7%
2023 – 14,0% (4.086)

20. Boa Vista (RR)

2003 – 21,0%
2023 – 13,9% (1.745)

21. Palmas (TO)

2003 – 14,1%
2023 – 13,4% (1.688)

22. São Paulo (SP)

2003 – 7,4%
2023 – 13,1% (12.018)

23. Recife (PE)

2003 – 11.8%
2023 – 12,4% (1.612)

24. Goiânia (GO)

2003 – 8,9%
2023 – 12,2% (3.971)

25. Macapá (AP)

2003 – 14,9%
2023 – 11,9% (1.063)

26. Teresina (PI)

2003 – 7,5%
2023 – 11,0% (1.978)

27. Natal (RN)

2003 – 11,7%
2023 – 10,1% (1.069)

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