Portal Você Online

Manaus recebe ‘Festival Até o Tucupi’; foco na crise climática

Entre os dias 20 e 30 de novembro, Manaus será palco do Festival Até o Tucupi, que em 2024 completa 17 anos de existência. Sob o tema “Até o Tucupi, Festival pelo Clima”, o evento trará uma programação abrangente e transversal, abordando a crise climática e suas implicações sociais e culturais.  

O Amazonas enfrenta emergências climáticas que afetam diretamente a vida de sua população, como ciclos de secas cada vez mais severos. Essa realidade compromete o transporte fluvial, a segurança alimentar e o abastecimento de água de comunidades inteiras. Diante desse cenário, o festival busca criar soluções e promover discussões que alertem para a gravidade da situação.    

Programação

A abertura oficial ocorre no Dia da Consciência Negra (20 de novembro), com atividades em escolas públicas. Os debates abordarão temas como racismo ambiental e o impacto desproporcional da crise climática nas populações negras e periféricas, além de valorizar a ancestralidade negra como pilar para soluções climáticas.  

Também haverá performances e intervenções artísticas espalhadas por Manaus, encontro amazonense sobre crise climática e mostra de música.

Nesta edição, a presença indígena será ressaltada. Manaus, reconhecida como a cidade mais indígena do Brasil, receberá a contribuição de lideranças organizadas pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e pelo coletivo indígena Miriã Mahsã.  

 O grande destaque do evento será o Primeiro Encontro Amazonense sobre Crise Climática, reunindo movimentos sociais, artistas, e mobilizadores para discutir medidas urgentes. O encontro também servirá como espaço preparatório para a COP30, que acontecerá em Belém, no Pará, em 2025.  

Histórico

Desde sua criação, em 2007, o Festival Até o Tucupi se consolidou como uma plataforma de justiça social e cultural, unindo coletivos urbanos, movimentos sociais e artistas periféricos. Com temas como justiça racial, igualdade de gênero e direitos indígenas, o festival reafirma sua missão de usar a arte como ferramenta de transformação.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *