O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi preso na tarde desta sexta-feira (22) após prestar depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os áudios gravados por ele afirmando que Alexandre de Moraes “é a lei, manda prender e soltar a hora que quer, sem ou com Ministério Público, e sem acusação”. Ouça os áudios.
A prisão ocorreu após o término de uma audiência de confirmação dos termos da delação premiada fechada por Cid com a Polícia Federal (PF). A validade da delação ainda está sob análise. O depoimento durou cerca de 30 minutos.
A audiência ocorreu após a revista Veja divulgar áudios em que Cid aparece criticando a PF e Alexandre de Moraes. Nos áudios, Mauro Cid diz que foi pressionado a falar sobre fatos que não teriam acontecido ou dos quais ele não teria conhecimento.
Quando Moraes revogou a prisão preventiva de Cid, em setembro do ano passado, as medidas cautelares impostas foram:
- Uso de tornozeleira eletrônica e proibição de ausentar-se da Comarca , de sair de casa à noite e nos finais de semana
- Afastamento do exercício das funções de seu cargo de oficial no Exército
- Obrigação de apresentar-se semanalmente perante ao Juízo da Execução da Comarca de origem
- Proibição de ausentar-se do país e cancelamento de todos os passaportes emitidos em nome do investigado
- Suspensão imediata de porte de arma de fogo bem como de realizar atividades de colecionador, tiro desportivo e caça
- Proibição de utilização de redes sociais
- Proibição de comunicar-se com os demais investigados, com exceção de Gabriela Cid (esposa), Beatriz Cid (filha) e Mauro Lourena Cid (pai)
O STF ainda não informou qual medida foi descumprida.