Depois de 22 anos, a MotoGP vai retornar ao Brasil em 2026 com uma corrida em Goiânia. O anúncio foi oficializada nesta quinta-feira (12), com a assinatura do contrato válido por cinco anos entre a Dorna, detentora dos direitos da categoria, o governo de Goiás e a Brasil Motorsport, promotora do GP de São Paulo de Fórmula 1.
A capital goiana receberá provas do Mundial de Motovelocidade no Autódromo Ayrton Senna, principal palco da cidade.
O retorno da MotoGP é a consumação de um casamento com o estado de Goiás após o namoro que vem desde junho. Na época, uma delegação composta pelo secretário-geral de governo, Adriano da Rocha Lima, e o secretário de Esportes e Lazer, Rudson Guerra, acompanhou a etapa dos Países Baixos, em Assen, e depois participou de uma reunião em Madrid com Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna. Brasília e Deodoro já haviam assinado protocolos de intenção com a empresa para trazer o campeonato de volta ao Brasil, mas a ideia não seguiu em diante.
“É uma honra poder anunciar que a MotoGP estará de volta ao Brasil 20 anos depois do último evento. É um Grande Prêmio que tem muita história para o campeonato, corremos aqui por três anos e com lendas do nosso esporte. Acredito que será incrível, para os fãs e para os pilotos, dentro e fora da pista, em um ótimo circuito. A MotoGP está animada de estar aqui e vai trazer um impacto econômico para a cidade, com mais de 3 mil trabalhadores e 100 mil fãs. Queremos que essa parceria dure bem mais que cinco anos”, comentou Carlos Ezpeleta, outro CEO da Dorna, filho de Carmelo.
A etapa do Mundial de Motovelocidade será em março de 2026, com o combinado inicial de ocorrer durante três anos e possibilidade de estender até 2030. A volta do Brasil ao circuito mundial marca a primeira vez desde 1999 em que a América do Sul irá receber a categoria duas vezes, contando com a prova em Goiânia e a na Argentina.
O Autódromo Ayrton Senna irá passar por reformas no ano que vem para melhorias estruturais e no traçado, com previsão de seis meses de duração das obras. Algumas das mudanças serão a ampliação das áreas de escape e uma alteração no último setor do circuito para reduzir a velocidade na entrada da reta principal. O objetivo é atender os padrões de segurança rigorosos exigidos pela categoria.
A última passagem da MotoGP no Brasil foi em 2004, com sede no Rio de Janeiro, no extinto Autódromo de Jacarepaguá. O país recebeu a categoria em outras ocasiões, com três edições em Goiânia (1987 a 1989) e uma em São Paulo (1992), além das paradas por uma década na Cidade Maravilhosa (1995 a 2004, exceto 1998).