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Mourão diz que Brasil é contra intervenção na Venezuela

O vice-presidente Hamilton Mourão declarou na manhã de hoje (25) que a posição do Brasil se manterá pela não intervenção na Venezuela. Mourão está na Colômbia, onde o Grupo de Lima se reunirá nesta segunda-feira. Formado por 14 países, o grupo foi criado em 2017 por iniciativa do governo do Peru com objetivo de pressionar a Venezuela a restabelecer a democracia.

De acordo com o vice-presidente, o Brasil vai defender uma pressão diplomática para isolar o regime Maduro. “Vamos manter a linha de não intervenção, acreditando na pressão diplomática e econômica para buscar uma solução. Sem aventuras”, disse Mourão.

O Brasil deve ser um contraponto a um eventual movimento dos Estados Unidos em defesa de intervenção na Venezuela. Questionado sobre a sinalização do país chefiado por Donald Trump, Mourão respondeu: “Julgo que [os Estados Unidos] desejam isso.”

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Mourão diz acreditar que a linha adotada na reunião desta segunda feira seja de uma “solução pacífica”.

Neste domingo (24), o governo brasileiro condenou, por meio de nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores, “os atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro”.

A nota do Itamaraty ainda chamou o governo de Maduro de “criminoso” e apelou à comunidade internacional para “somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela”.

Confrontos em Roraima

A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil na quinta-feira (21) para impedir a entrada de ajuda humanitária.

Desde a última sexta-feira (22), conflitos em localidades venezuelanas perto da fronteira com o Brasil deixaram cerca de 25 mortos e 84 feridos, segundo Emilio González, prefeito da municipalidade de Gran Sabana.

No sábado (23), dois caminhões com alimentos e medicamentos chegaram à linha que divide os dois países, mas não puderam ultrapassar a barreira de militares venezuelanos que bloqueia a entrada e saída de pessoas e veículos.

Também houve confrontos na fronteira com a Colômbia, que deixaram dezenas de feridos.

Dos 14 países das Américas que fazem parte do Grupo de Lima, apenas o México não reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. Guaidó participará da reunião, que também terá a presença do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence.

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