Está livre, mas carregado de culpa, acrescentou o presidente em suas redes sociais
O presidente Jair Bolsonaro pediu neste sábado que o povo “não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre”, no dia seguinte da libertação do líder da esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.
“Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa”, tuitou Bolsonaro.
Na sexta-feira, a saída da prisão do ex-presidente Lula dividiu opiniões no Palácio do Planalto e foi recebida com silêncio pelo presidente Bolsonaro, que considera o petista seu principal adversário político.
Em Goiânia, onde participava da entrega de ônibus escolares, o presidente não comentou o assunto, se ausentou de entrevista programada e evitou os veículos de imprensa após a expedição da ordem de soltura.
Em caráter reservado, no entanto, disse a um grupo de auxiliares e aliados que a decisão do STF, que barrou a prisão após segunda instância e permitiu a soltura do petista, deve ser respeitada.
Durante a cerimônia na capital goiana, minutos depois da decisão do juiz federal Danilo Pereira Junior, um assessor do Palácio do Planalto se dirigiu à tribuna de honra e mostrou ao chefe a tela de seu celular.
Bolsonaro ouviu em silêncio e, menos de um minuto depois, cochichou ao ouvido do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que estava sentado ao seu lado.
Próximo a discursar, o presidente falou sobre diversos assuntos, como a necessidade de não ter o que chamou de “ideologia política ou de gênero” no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), mas não abordou a soltura de Lula.