Agentes da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto realizam ações preventivas para evitar doenças junto às famílias atingidas pela inundação de algumas áreas provocadas pela abertura das comportas da Hidrelétrica de Balbina, no município de Presidente Figueiredo – 107 km de Manaus.
A FVS ativou o Programa Estadual Vigidesastres e o Centro de Informações Estratégicas para acompanhar de perto os acontecimentos com a sua equipe no local com trabalho educativo junto aos moradores para evitar surtos de diarreia, leptospirose e acidentes por animais peçonhentos.
A fundação ajuda e dá suporte junto as autoridades municipais no monitoramento e controle sanitário de saúde na região.
“As inundações figuram entre os eventos hidrológicos que causam danos à saúde pública, à moradia, ao abastecimento de água e aos serviços de saúde. Para prevenir esses impactos à população, a FVS-RCP faz parte da comissão do Governo do Estado que dá suporte ao município”, explica a diretora-presidente da fundação, Tatyana Amorim.
O coordenador estadual do Programa Vigidesastres, Renato Souza, informa que as ações estão concentradas no Ramal da Morena, onde várias famílias foram atingidas pela subida do rio.
“Estamos apoiando a equipe local para auxiliar nos impactos de transbordamento, junto com as equipes locais, como a Defesa Civil”, disse ele.
Saiba mais
As comportas da Hidrelétrica de Balbina começaram a ser abertas em 14 de março último, quando o nível acumulado de água da usina alcançou 50,22 metros.
De acordo com os parâmetros de medição, até os 51 metros o nível é considerado normal. A partir de 51,17 metros a classificação ainda está sob controle, mas quando atinge os 53,35 metros já passa a ameaçar a segurança do complexo e as comportas tem de ser abertas.
Com a incidência de chuvas na região, a Bacia do Rio Uatumã provocou a subida do nível e a operação tornou-se inevitável.
A Eletrobrás colocou o plano de contingência em situações como esta e uma comissão formada por representantes da Assembleia Legislativa, do Ministério Público de Contas, Tribunal de Contas do Estado (TCE), da Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM) e da Prefeitura de Presidente Figueiredo acompanham a situação.
A comissão, que visitou as instalações da hidrelétrica e as comunidades, também é integrada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Defesa Civil, Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Secretaria de Meio Ambiente (Sema).