A Polícia Civil prendeu a travesti Lorena Marques, de 24 anos, em Coari, a 363 quilômetros de Manaus, por meio de um mandado de prisão temporária. Ela é acusada de integrar a rede de pedofilia liderada pelo padre Paulo Araújo da Silva, de 31 anos.
A investigação, que teve início em agosto deste ano, resultou na prisão do padre e de seu cúmplice Francisco Rayner Barros Batista, de 34 anos.
Segundo o delegado de Coari, José Barradas, que lidera a investigação, descobriu-se que Lorena, que prestava serviços na paróquia local, também estava envolvida no esquema criminoso. Ela teria sido responsável por aliciar adolescentes para que mantivessem relações sexuais com o padre Paulo.
“O Talisson Gonçalves Marques, conhecido como Lorena Marques, um transexual em que a função dele era aliciar as menores da paróquia, todas as vítimas são da paróquia. O Talisson aliciava e levava essas menores para o padre ter relação sexual”, disse.
“Até agora a gente não viu relação de dinheiro, de pagamento. Mas ela tinha uma amizade e um grande envolvimento com o padre. Ela fazia parte da paróquia”, completou.
As investigações revelaram que pelo menos duas vítimas foram aliciadas por Lorena, incluindo uma adolescente de 17 anos que engravidou do padre e foi forçada a abortar.
Lorena Marques enfrenta acusações de exploração sexual infantil e associação criminosa e está à disposição da Justiça.