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Pais que torturavam filho em Manaus devem ficar 90 dias presos e criança no abrigo

Em depoimento à polícia, o pai contou que acorrentava a criança todas as noites pelo fato de o menino urinar na cama da irmã mais nova e também tomar o iogurte dela.

O pai e a madrasta do menino de 9 anos, que era acorrentado e torturado dentro de casa, tiveram prisão preventiva decretada em audiência de custódia, nesta terça-feira (7). O casal foi preso em flagrante na segunda-feira (6), pelo crime de tortura. A criança foi resgatada pela Polícia Civil no bairro Gilberto Mestrinho, na Zona Leste da capital.

Segundo informações da delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a criança era acorrentada durante a noite e dormia assim e, caso necessitasse ir ao banheiro, ninguém o ajudava.

O menino apanhava constantemente por qualquer motivo. Em depoimento à polícia, o pai contou que acorrentava a criança todas as noites pelo fato de o menino urinar na cama da irmã mais nova e também tomar o iogurte dela.

O crime de tortura tem pena de até 8 anos e pode ser agravado pelo fato de o agressor ser o pai biológico e de a tortura ser cotidiana.

Menino foi abandonado pela mãe, segundo polícia

De acordo com a polícia, o menino teria começado a morar com o pai e a madrasta após a separação dos pais. A mãe biológica teria abandonado o garoto há cerca de 4 anos. Ainda segundo informações da polícia, o garoto frequentava a escola no período da tarde, mas ficava calado sobre a violência que sofria por medo de apanhar mais caso alguém ficasse sabendo da situação.

Além da criança que era acorrentada, outras duas, de 8 e de 2 anos, também moravam na casa. Não há informações se elas também eram vítimas de tortura. O menino agredido foi levado a um abrigo. Os outros dois filhos do casal vão ficar com parentes.

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