As Paralimpíadas de Paris começaram na última quarta-feira (21), com os primeiros atletas brasileiros chegando à Vila Paralímpica, prontos para a competição e emocionar o país mais uma vez. Os jogos irão ocorrer entre 28 de agosto e 8 de setembro na capital francesa, com a cerimônia de abertura na Champs-Élysées e — assim como nas Olimpíadas — marcando a primeira vez que o evento acontece fora de um estádio.
Nos últimos tempos, as Paralimpíadas têm se consolidado cada vez mais como um dos maiores eventos esportivos globais, celebrando o poder da superação, da diversidade e da inclusão. A competição, que reúne atletas com deficiência do mundo todo, não apenas quebra recordes, mas também desafia percepções e inspira milhões de pessoas.
Neste cenário, o esporte paralímpico ganhou não só prestígio, mas também novos aliados, com o bom desempenho dos nossos atletas despertando o interesse do público em diversas áreas, inclusive nas dicas de apostas esportivas. As partidas envolvendo o Brasil tornaram-se uma excelente oportunidade para quem busca se aventurar nesse mercado.
Segundo informações do Comitê Paralímpico Brasileiro, o Brasil já alcançou um total de 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. Ou seja, a equipe brasileira está a 27 pódios de atingir a marca histórica de 400 medalhas no evento.
Na edição de Tóquio, em 2020, o país fez sua melhor campanha com 72 medalhas no total, igualando o resultado do Rio 2016. Destas, 22 foram de ouro, superando as 21 conquistadas em Londres 2012. Além disso, foram 20 pratas e 30 bronzes no Japão.
Os esportistas brasileiros estão presentes nas seguintes modalidades: remo, tênis de mesa, vôlei sentado, tiro com arco, halterofilismo e bocha, somatizando 75 atletas. É válido ressaltar que, desde o encerramento dos Jogos Olímpicos, a Vila passou por uma “repaginada”, tendo como finalidade receber os atletas com deficiência da forma mais adequada possível, a exemplo das rampas que foram construídas nas áreas externas a fim de proporcionar uma melhor locomoção para os cadeirantes.
Os alojamentos foram ajustados de forma que pelo menos um dos banheiros seja adaptado. Para além disso, a identidade visual fora trocada, sendo alterado os aros olímpicos pelos agitos paralímpicos.
Histórias de superação e destaques recentes
Nos bastidores de cada medalha conquistada, existem histórias de superação que ultrapassam o esporte. A paulista Mariana D’Andrea, 26, campeã paralímpica no halterofilismo, categoria até 73kg, nos Jogos de Tóquio, contou que “cada vez que participo dos Jogos, vivo experiências diferentes. Essa é a minha terceira participação e, quando entrei aqui, senti uma energia super positiva. Acabei de chegar e já estou apaixonada. Estou sem palavras para descrever o cantinho do Brasil. Está tudo muito lindo. Será algo perfeito para nós”.
Outra história incrível de superação e determinação trouxe mais um pódio para o país: Petrúcio Ferreira foi considerado o melhor no atletismo, conquistando três medalhas nos Jogos Paralímpicos do Rio, em 2016. Ferreira é considerado o atleta paralímpico mais veloz do mundo, sendo campeão das provas em Londres em 2017, Dubai em 2019 e Paris em 2023.
O pernambucano ressignificou seu acidente na infância em uma história de foco, fé e sucesso, conquistando o marco de recordista mundial dos 100m e 200m.
Essas narrativas não apenas emocionam, mas também fortalecem a imagem das Paralimpíadas como um evento essencial para o esporte e para a sociedade como um todo.
É essa conexão emocional e inspiradora que tem atraído mais pessoas para acompanhar as competições. Os Jogos Paralímpicos em Paris, o mundo, mais uma vez, testemunhará o poder transformador do esporte. Cada competição, cada história de superação e cada vitória reforçam o valor da inclusão e da diversidade.
Seja nas arquibancadas ou nas transmissões, os fãs estarão acompanhando de perto esses momentos únicos, que continuam a inspirar milhões e a abrir novas oportunidades no cenário esportivo global.