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PF encontra corpos de indigenista e jornalista no Amazonas

Amarildo confessou o assassinato e levou a polícia até a área da execução em um local de difícil acesso, onde depois de mortos foram esquartejados, queimados e enterrados

A Polícia Federal confirmou na noite desta quarta-feira (15) o encontro dos corpos do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, que estavam desaparecidos desde o último dia 5 na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, no extremo oeste do Amazonas, na divisa com o Peru.

Em coletiva de imprensa na sede da superintendência da PF, em Manaus, representantes dos órgãos que integram a força-tarefa prestaram informações dos 10 dias de investigações. Todos começaram suas falas prestando condolências aos familiares dos mortos. A PF não descarta a participação de outras pessoas envolvidas no caso.

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Um dos pescadores detidos pela polícia, Amarildo dos Santos, o Pelado, irmão de Osoney da Costa, o Dos Santos, levou os agentes da força-tarefa até o local onde executaram Dom Phellips e Bruno Pereira. Ele confessou que pescavam pirarucu na região quando foram foram alertados pelo jornalista e indigenista, que fotografavam a cena.

Eles renderam os dois, levaram para uma uma vala, onde mataram, esquartejaram os corpos, tocaram fogo e enterraram. O barco em que os dois estavam foi afundado com pedras dentro e somente amanhã a polícia voltará ao local para resgatar a embarcação do fundo do rio.

Segundo o superintendente da PF no Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, após a confissão de Amarildo, na noite de ontem (14), eles foram hoje cedo até o local, de difícil acesso – uma hora de lancha e mais de três quilômetros mata a dentro para chegar a pé.

“Encontramos os corpos em local de dificil acesso. Local sem contato telefônico. Estão sendo realizadas escavações. A distância percorrida durante as buscas foi de 26 km na região, cerca de 70 km de navegação no rio”, informou Fontes.

Ainda segundo o superintendente, a investigação continua com uma nova etapa de coleta de orgãos humanos que serão encaminhados para o instituto de perícia técnica da PF em Brasília.

“A investigação ainda está em andamento em caráter sigiloso. Estamos realizando diligências com todos as forças integradas, trabalhando de forma ininterruptas”, disse.

Participam da força-tarefa a Secretaria de Seguranã Publica do Amazonas com o Corpo Bombeiros, a Polícia Militar e Civil, além da Marinha e ao Exército, que participaram com barcos e helicópteros. A força-tarefa fez referência a participação do Ministério Púublicao e da Justiça do Amazonas.

O delegado da Polícia Civil amazonense, Guilherme Torres, disse que a investigação ainda é parcial. “Não descartamos que outras pessoas ainda envolvidas”, afirmou ele.

“Um grande passo foi dado hoje para o esclarecimento desse caso brutal. Policiais de Atalaia do Norte e as Forças Armadas em deslocamentos rápidos com helicópteros foram essenciais na investigação”, finalizou

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