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PF investiga mais um envolvido em suposto plano para matar Bolsonaro

Foto: Reprodução

A Polícia Federal em Varginha, cidade que a 320 km de Belo Horizonte, investiga o envolvimento de mais uma pessoa em um suposto plano de atentado contra o presidente Jair Bolsonaro.

O principal investigado, Pedro Venício Ferreira, de 25 anos, foi preso por crime contra a segurança nacional, em Três Corações, a 300 km da capital mineira, na última sexta-feira (29), na mesma data em que Bolsonaro foi à cidade para participar da formatura de militares do Exército.

Em uma foto publicada em redes sociais, o jovem aparece dentro do quartel do Exército e coloca a frase: “inicia-se aqui a sequência de histórias onde estou infiltrado na toca do lobo, melhor dizendo, Exército brasileiro” (sic). Em outra gravação, o homem aparece lixando uma escova de dentes e coloca os dizeres: “preparando minha faca para o Bolsonaro e aqui era a regra da rua'” (sic).

O jovem estava trabalhando como faxineiro terceirizado na Esa (Escola de Sargentos das Armas), onde aconteceu a cerimônia.

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Neste domingo (1º), a PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Três Corações e Alfenas. Os alvos da ação foram as casas de Ferreira e de uma segunda pessoa que pode ter envolvimento com o caso.

A corporação não divulgou a identidade do novo suspeito e não informou qual seria a participação no caso. Contudo, o órgão esclareceu que ele prestou depoimento e foi liberado. Os peritos que estiveram nos imóveis também recolheram materiais que ajudarão na investigação.

Detalhes da investigação

De acordo com João Carlos Girotto, delegado da Polícia Federal e responsável pelo caso, Pedro Ferreira era contratado pela empresa de limpeza apenas para reforçar a equipe que iria atender o evento com a participação do chefe de Governo. Na quinta-feira (28), um dia antes da cerimônia, Ferreira foi ao quartel para iniciar as atividades.

— O fato de ele estar circulando na área onde o presidente estaria subsequentemente e ter exteriorizado a vontade de atentar contra Bolsonaro por meio de postagens sequenciais são os fatos que mais chamam atenção da Polícia Federal.

Ferreira prestou depoimento e foi liberado por não haver caracterização de flagrante e delito. Em contrapartida, a Justiça estabeleceu uma série de medidas para substituir a prisão, como não fazer contato virtual com o presidente da República, ter que avisar sobre eventual saída da cidade e ter o passaporte recolhido.

Depoimento

Em depoimento, o jovem negou a intenção de promover um ataque e disse à Polícia Militar que as publicações foram “ironias” feitas por não concordar com o posicionamento político de Bolsonaro. Girotto destaca que a motivação das mensagens ainda é investigada.

— A PF vai confrontar o contexto amplo da situação. Ele [o suspeito] demonstrou a vontade de atentar contra o presidente. Agora, a polícia busca atestar o grau de verossimilhança da postagem.

Conforme apurado, Ferreira também trabalha como tatuador e não tem antecedentes criminais. A reportagem não localizou a defesa do suspeito.

Procurada pela reportagem, a GSI (Gerência de Segurança Institucional) do Planalto disse que não vai comentar o caso.

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