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PM é indiciado por tiro que matou Ágatha


Tio da criança, Danilo Felix diz que testemunhas ouvidas pela família já haviam identificado o PM como autor do disparo

Foto: Reprodução

Quase dois meses separam o dia da morte da estudante Ágatha Felix, de 8 anos, da data escolhida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para divulgar o indiciamento de um policial militar por homicídio doloso (quando há intenção de matar). O agente, que ainda não foi identificado, atuava na Unidade de Polícia Pacificadora da Fazendinha, no Complexo do Alemão.

Segundo a polícia, o laudo da reprodução simulada do crime, realizada no dia 1° de outubro, apontou erro de execução por parte do PM. Ele teria tentado atingir dois traficantes que passavam no local em uma moto, mas o tiro ricocheteou e atingiu Ágatha no interior da kombi, onde ela estava com a mãe.

“A polícia demorou muito para chegar a essa conclusão. Todas as pessoas que testemunharam o crime confirmaram que o tiro partiu da arma de um policial. Apesar da demora, temos fé em Deus que o PM sera punido”, disse Danilo Felix, tio paterno de Ágatha. Ele afirma que os pais da menina, assim como ele, souberam da notícia por meio da imprensa.

O inquérito tomou como base depoimentos de testemunhas, de policiais militares em serviço na UPP da região, que estavam no local do crime, além de diversas perícias. A Polícia Civil solicitou o afastamento do agente da UPP e a proibição de contato com testemunhas que não sejam policiais militares.

No dia 20 de setembro, Ágatha foi atingida por um fragmento de projétil quando estava dentro de uma kombi, no Complexo do Alemão. O relatório com a conclusão do caso foi encaminhado ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.

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