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Polícia caça chefe do CV que ordenou ataques e lavou R$ 126 milhões no Amazonas

Policiais civis de quatro estados buscam os líderes da facção criminosa que comanda o tráfico internacional na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru, exportando drogas pela rota do Rio Solimões

Mano Kaio, resposável pelos ataques do CV no Amazonas

A Polícia Civil do Amazonas e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Pará realizam a “Operação Rio Amazonas”, na manhã desta sexta-feira (18), para prender os líderes do Comando Vemelho. A facção criminosa foi responsável pela coordenação dos ataques em Manaus e em outros municípios do Amazonas, quando foram incendiados 14 ônibus, prédios públicos e cinco agências bancárias, no início de junho.

A polícia desses estados cumpre mandados de prisão e de busca e apreensão. Dois foram presos em São Paulo, sete no Rio e 35 em Manaus. Ainda na manhã de hoje, a polícia carioca fez um cerco na Vila Cruzeiro e na Vila da Penha, na Zona Norte do Rio, para prender Wuellington Cardoso dos Santos, o “Mano Kaio”. Ele é o principal articulador dos ataques e de enviar recursos para fomentar a filial do CV no Amazonas. Na operação, um membro da organização foi ferido e morreu no Hospital Getúlio Vargas, na Penha.

A “Operação Rio Amazonas” desarticula um esquema de lavagem de dinheiro que já movimentou R$ 126 milhões, em um ano e meio, do Comando Vermelho. O dinheiro é usado para compra de armas e movimentar a estrutura do tráfico.

Operação em Manaus começou nas primeira horas de hoje cumprindo mandatos da Justiça

Essa quantia já foi bloqueada judicialmente – R$ 126.984.934,67 nas contas bancárias das empresas, dos suspeitos e o sequestro de bens de alto valor, todos expedidos pela 1ª Vara Especializada do Crime Organizado (TJ-RJ) com atuação da 3ªPIP Especializada do MP-RJ.

O CV as recursos seriam utilizados para o fortalecimento da facção no Amazonas, bem como para a aquisição de armas e drogas para o grupo criminoso, já que a filial amazonense controla territorialmente uma das principais rotas de tráfico da América Latina: a Tríplice Fronteira Amazônica, formada pelas cidades de Tabatinga-Brasil, Santa Rosa-Peru e Letícia-Colômbia.

Durante a investigação, se constatou que a estrutura de lavagem de dinheiro também presta serviço para o Primeiro Comando da Capital (PCC), a partir de recursos oriundos do Estado de São Paulo.

O esquema envolvia células da facção nos estados do Rio e Amazonas. A ação também tem como alvo o traficante Wuellington Cardoso dos Santos, vulgo Mano Kaio, um dos principais líderes da facção amazonense, responsável pela ordem para os ataques na cidade de Manaus.

As investigações identificaram uma forte ligação entre o grupo criminoso do Rio de Janeiro e seu braço no estado do Amazonas, autointitulado “Comando Vermelho do Amazonas” (CVAM), que usava o sistema bancário e de empresas de fachada para a remessa de valores do Rio de Janeiro para o Amazonas.

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