A profundidade do Rio Negro é de 12,11 metros nesta quarta-feira (9) na orla de Manaus. É o menor nível desde 1902 – há 122 anos.

Pelo quinto dia consecutivo, o Rio Negro, em Manaus, atingiu o nível mais baixo da série histórica nesta quarta-feira (9), 12,17 metros. O recorde vem sendo quebrado diariamente desde o dia 4 de outubro, quando a marca de 12,66 metros foi registrada.
Neste mês de outubro, segundo a régua oficial do Porto de Manaus, a descida do Rio Negro tem variado entre 11 e 14 centímetros por dia. Mantendo esse ritmo, a cota deve chegar a menos de 12 metros na próxima quinta-feira (10).
No Rio Solimões, que influencia o comportamento do Rio Negro em Manaus, o nível da água continua descendo. Na estação de Tabatinga (AM), o rio tem descido uma média de 8 cm por dia. Fonte Boa (AM) e Itapéua (AM) são registradas descidas de 2 cm diários.
As estações registraram mínima histórica de 7,19 m e -29 cm, respectivamente. Em Manacapuru (AM), o rio est declinando 7 cm por dia´, em média, e o último dado observado indica a mínima histórica de 2,13 m.
O Rio Amazonas também registrou nesta semana mínimas históricas no Careiro da Várzea (AM) e Itacoatiara, que chegaram a 8 cm; em Parintins (AM), que chegou a -2,42 m; e em Almeirim (AM), onde foi observado o recorde de 1,74 m.
Em Porto Velho (AC), o Rio Madeira está na marca de 35 cm. A cota está 10 cm acima da mínima registrada no mês passado: 25 cm. O Rio Acre na cidade de Rio Branco (AC) apresentou estabilidade nos processos de descida, apesar disso, os níveis ainda estão baixos para o período. A cota é de 1,29 m.
Na Bacia do Rio Branco, os níveis estão dentro da faixa da normalidade. O valor da cota abaixo de zero não significa a ausência de água no leito do rio. Esses níveis são definidos com base em medições históricas e considerações locais, sendo que, mesmo quando o rio registra valores negativos, em alguns casos ainda há uma profundidade significativa.
Apoio aos municípios
Além dos Sistemas de Alerta Hidrológico, o SGB disponibiliza aos gestores públicos o Sistema de Informações de Águas Subterrâneas (SIAGAS). Esse é o principal repositório de dados de poços no Brasil, que pode ser usado para identificar fontes de abastecimento.
O SGB também realiza o mapeamento de áreas de risco geológico, identificando e caracterizando porções do território municipal sujeitas a perdas e danos por eventos de natureza geológica. Esse trabalho é uma importante ferramenta para a tomada de decisões sobre redução de riscos, prevenção de desastres e ordenamento territorial.
No âmbito da assistência humanitária, 2,1 mil toneladas de alimentos foram distribuídas pelo Governo do Amazonas para as regiões mais afetadas.
O governo também instalou 36 purificadores de água, sendo 8 deles direcionados para a calha do Alto Solimões, além de enviar 750 caixas d’água para melhorar o acesso à água potável.
Foram enviados 10,4 mil volumes de medicamentos e insumos para os municípios das calhas dos rios Madeira, Juruá, Purus e Alto Solimões.