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Preso terceiro suspeito de envolvimento nas mortes de Bruno e Dom no Amazonas

Jefferson da Silva Lima se entregou na delegacia de Atalaia do Norte

O terceiro suspeito pelas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips se entregou na delegacia de Atalaia do Norte, no Amazonas, na manhã deste sábado (18). Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Peladinho”, tinha um mandado de prisão em aberto pela participação nos crimes expedido ontem (17) pela Justiça amazonense.

Peladinho confessou seu envolvimento com os assassinatos, mas negou ter atirado contra as vítimas. Ele disse aos investigadores ao chegar à delegacia que “tem mais gente na comunidade envolvida”.

“Conforme todas as provas, todos os depoimentos colhidos até o momento, ele estava na cena do crime e participou ativamente do duplo homicídio ocorrido”, afirmou o delegado da 50ª de Atalaia do Norte, Alex Perez Timóteo.

Perícia

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Na tarde de ontem (17), a PF divulgou nota confirmando que “remanescentes” – restos mortais – do jornalista Dom Phillips, desaparecido desde o último dia 5 no Vale do Javari, na Amazônia, foram identificados em material recolhido em local que foi apontado por Amarildo da Costa de Oliveira.

Segundo a PF, a confirmação veio a partir de um exame de “odontologia legal combinado com a antropologia forense”. Isso significa que os peritos conseguiram comparar os restos mortais com laudos da arcada dentária do inglês, enviados pela família dele.

“Se o prontuário for de qualidade e recente, isso é feito de forma bem eficiente e rápida”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo ao jornal O Globo.

Ainda falta confirmar se os restos mortais do segundo corpo são compatíveis com o de Bruno Pereira. Conforme fontes que acompanham as investigações, após serem mortos, os dois foram queimados antes de serem enterrados – portanto, os “remanescentes humanos”, como definiu o ministro da Justiça, Anderson Torres, não estão em bom estado de conservação. A perícia está sendo feita no Instituto Nacional de Criminalística da corporação, em Brasília.

Já a “antropologia forense” analisa características do corpo para identificar a vítima, como marcas de nascença, cicatrizes, tatuagens e a estrutura óssea.

A confirmação definitiva só deve vir, no entanto, com o exame de DNA, que costuma demorar mais e deve ser concluído na próxima semana.

A PF acrescentou no texto que “os trabalhos para completa identificação dos remanescentes, para a compreensão das causas das mortes, assim como para indicação da dinâmica do crime e ocultação dos corpos” seguem em curso.

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