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Presos no Rio por ataques no AM chegam em Manaus

Marcelo da Silva Nunes, o ‘Marcelo Jogador’, Pedro da Silva de Carvalho, o “Pedrinho”; e Sérgio Pereira Miranda, o “Jurandir”, integrantes do Comando Vermelho, presos no Rio de Janeiro acusados de liderar os ataques no Amazonas, chegaram neste domingo (20) em Manaus.

Eles foram presos na última sexta-feira durante um cerco policial que mobilizou 400 homens na Penha, na Zona Norte do Rio, que deixou uma pessoa morta.

A Polícia Civil amazonense e do Rio trabalharam juntas nas últimas duas semanas para chegar até aos autores dos atentados. A polícia carioca já investigava a remessa de dinheiro da facção criminosa para empresas de fachada em Manaus, usado para fomentar o tráfico internacional de drogas e de armas na rota do Rio Solimões, com origem na tríplice fronteira com o Peru e a Colômbia.

A ‘Operação Rio Amazonas’ da polícia do Rio para desarticular o fluxo financeiro do CV para a filial da organização em Manaus – bloqueou mais de R$ 126 milhões dessas empresas – se juntou a operação amazonense ‘Coalizão do Bem’, que resultou na prisão dos envolvidos.

A troca de informações entre os agentes do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e Grupo Força Especial de Resgate e Assalto (Fera), chegou até os criminosos.

Marcelo é cunhado do traficante Gelson Carnaúba, e Pedro seria o responsável pela gerência financeira do grupo criminoso.

“Após várias interlocuções com o Governo do Rio de Janeiro e o secretário de Polícia Civil daquele estado, foi possível realizarmos a operação ‘Coalizão pelo Bem’ no Complexo da Penha, onde há mais de dez anos não era realizada esse tipo de ação. E assim, conseguimos finalizar esse trabalho, efetuando as prisões desses criminosos”, informou a delegada-geral do Amonas, Emília Ferraz, que esteve no Rio à frente das investigações.

Delegada-geral do Amazonas, Emília Ferraz, na chegada no eeroporto de Manaus

O diretor do DRCO, delegado Bruno Fraga, afirmou que desde os primeiros ataques, ocorridos no dia 6 de junho, a Polícia Civil iniciou as investigações, quando foi descoberto que os crimes haviam sido ordenados daquele estado.

“Conseguimos localizar o esconderijo deles, no Complexo da Penha, fomos até lá e efetuamos as prisões. Mais uma vez um trabalho de cooperação no enfrentamento ao crime organizado e mostrando para a população amazonense que a gente consegue manter a ordem no nosso estado”, ressaltou o delegado.

Segundo a polícia carioca, os criminosos enviaram mais de R$ 126 milhões para fortalecer o tráfico da filial da facção no Amazonas com a compra de armas e drogas.

Durante a ação policial, que também foi deflagrada no Amazonas, foram cumpridos cinco mandados de prisão e quatro veículos de luxo foram apreendidos, patrimônio que gira em torno de meio milhão de reais. Todos os investigados serão encaminhados à Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde permanecerão à disposição da Justiça.

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