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Prevenção da vazante envolverá dragagem fixa e ‘gigante’ no Amazonas

A dragagem é um processo que ajuda a retirar os sedimentos – como terra, areia, rochas e lixo – dos rios, garantindo a segurança no tráfego das embarcações.

Um estudo realizado por técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit), Marinha do Brasil, Agência Nacional de Transporte Aquaviário e Associação de Praticagem do Amazonas revelou os gigantescos desafios que a navegação pelos rios do Amazonas apresentará no período da vazante.

Conforme o estudo, apenas na região da foz do rio Madeira, conhecida como Tabocal, será necessário retirar 40 mil metros cúbicos de sedimentos do leito do rio. O valor da carga equivale a oito mil caçambas.

O trabalho terá de ser feito com muito cuidado, pois a região é um lajeiro, como alertou o servidor do porto de Itacoatiara Jerry Nelson, responsável por fazer a medição da régua fluviométrica da “estação Itacoatiara” pertencente a Agência Nacional de Águas (ANA) e do Serviço Geológico Brasileiro (CPRM), lajeiros de rios são protegidos por tratados e leis internacionais de preservação hídrica e de meio ambiente aquático.

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Além dos trabalhos de dragagem dos leitos dos rios para evitar que as embarcações encalhem ou fiquem bloqueadas sem poder levar mercadorias e insumos aos municípios, outras medidas também estão sendo estudadas para facilitar o escoamento da produção.

De acordo com o Diretor de Infraestrutura Aquária do Dnit, Erick Moura, o foco da discussão foi a implementação de medidas preventivas de dragagem dos rios do Amazonas.

“Já estamos com o processo licitatório praticamente pronto, com a publicação do edital previsto para os próximos dias, para que os trabalhos já iniciem em agosto ou setembro”, diz Moura.

A ideia é que o Dnit já conte com uma empresa contratada por um prazo de cinco anos para dragagem fixa no Amazonas.

Hoje, segundo os técnicos, os pontos críticos estão com uma média de 18 e 19 metros, cerca de dois metros abaixo do ano passado, quando ocorreu a seca histórica.

Presente na reunião onde foram apresentados estes números, o deputado federal Saullo Vianna (União Brasil), alertou que será necessária uma ação preventiva para que a população não seja prejudicada, como no ano passado.

“Temos de antecipar as medidas de enfrentamento à seca, uma vez que no passado, a forte estiagem impactou 59 municípios e cerca de 630 mil pessoas. Além dos prejuízos financeiros aos municípios, os moradores das comunidades mais distantes enfrentaram problemas no abastecimento de água, alimentos, insumos de saúde e combustíveis”, afirmou Vianna.

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