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Professora da UEA vence prêmios, com pesquisa que substitui mercúrio utilizado no garimpo por planta

Os agraciados pelos prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2021 foram divulgados, e entre eles consta um projeto desenvolvido pela professora da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Marta Regina Pereira. A pesquisa, vencedora da categoria Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica, propõe uma forma de substituir o mercúrio utilizado na extração de ouro pelo extrato de uma planta popularmente conhecida como pau-de-balsa.

Conforme Marta, o projeto – intitulado “Potencial biotecnológico de Ochroma Pyramidale (Cav. Ex Lam.) Urb. como substituto do mercúrio na mineração de ouro” e atualmente em fase experimental – abrirá portas para novas pesquisas e tecnologias limpas, além de incentivar os estudantes. Após a fase de testes, espera-se que os resultados colaborarem com a diminuição do uso de mercúrio nos rios da Amazônia, uma vez que é praticamente impossível combater o garimpo na totalidade.

A pesquisadora destaca a felicidade da equipe pela vitória. Agora com o prêmio, o grupo terá condições de dar andamento às próximas fases no estudo. “O prêmio veio trazer alento e esperança”, comemora.

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Juntamente com alunos dos cursos de Agroecologia e Biologia da UEA, Marta Regina desempenha atividades científicas no contexto ambiental na região do Médio Madeira. Entre outros, os trabalhos elaborados são os “Uso de Briófitas como bioindicadores de metais pesados no Rio Madeira” e “Biopesticidas produzidos a partir de plantas amazônicas para auxiliar os produtores orgânicos”.

Pau-de-balsa – Árvore com altura de 10 a 30 metros e espessura de 60 a 90 centimetros de diâmetro, espécie encontrada do região Amazônica, principalmente na parte ocidental. Tem como característica a madeira de ótima qualidade, para construção de barcos, bóias salva vidas, isolantes térmicos. Produz uma pluma empregada no enchimento de colchões, travesseiros e ótima no uso da tecelagem. A árvore é útil para o plantio em áreas degradadas. Sua florada se dá de maio a agosto.

A solenidade de entrega dos prêmios será realizada em Rio Branco (AC), na quarta-feira (1º), às 18h (horário de Brasília). A outorga será transmitida virtualmente, por meio de link que será disponibilizado posteriormente. Para conferir o resultado da premiação, basta acessar o link http://amazonia.ibict.br/.

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