
Professores da rede estadual de ensino do Amazonas desobedeceram a ordem do Tribunal de Justiça do Estado e decidiram paralisar as aulas nesta quarta-feira (17) por tempo indeterminado. A decisão da categoria vai provocar uma baixa de R$ 30 mil por dia de paralisação ao sindicato dos profissionais de educação, Sinteam, conforme determinou ontem (16), o desembargador Jorge Chalub, que acatou pedido do Estado.
Os educadores reivindicam 25% de reajuste salarial e outros benefícios como reposição salarial dos anos de 2020, 2021, 2022 e 2023, aumento do vale alimentação, auxílio localidade e as progressões por titularidade e tempo de serviço desde 2018
Em Brasília, o governo Wilson Lima disse que se reunirá com a equipe técnica do Secretaria de Educação (Seduc), quando retornar a Manaus, para discutir o assunto.
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputado Roberto Cidade, recebeu representante dos professores, que fizeram manifestação na frente do legislativo e prometeu reunião com o governador nesta quinta-feira (18). A reunião suspendeu a Sessão Plenária dos deputados.
Além da capital amazonense, outras 40 cidades do interior do estado também entraram em greve. Desde o início do dia houve protestos. Antes de ir para Assembleia, os professores grevistas foram até a sede do governo na Avenida Brasil, na Zona Oeste da cidade.
Enquanto isso em várias escolas de Manaus os pais voltavam com seus filhos para casa porque não houve aula. A escola Ana Neire Marques da Silva, no Nova Cidade, e Sebastião Novaes, na Cidade Nova, não funcionaram. Outras unidades dispensaram os estudantes.
A presidente do Sinteam, Ana Cristina Pereira, disse que é a atitude da categoria é radical, mas necessária. “O que a Justiça fez conosco é um crime. A mesma Justiça que, hoje, marginaliza o ato dos trabalhadores não olha que os trabalhadores lutam para que uma lei seja cumprida. Portanto, o nosso repúdio a esse desembargador”, afirmou.


