
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) deu um passo significativo na modernização de sua gestão documental e preservação histórica.
Em reunião com representantes da autarquia, membros da Associação de Arquivistas do Amazonas e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) apresentaram uma proposta de implantação de um sistema de gestão arquivística alinhado aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança).
O projeto inclui a criação de um futuro Centro de Memória da Suframa, que visa a valorização e transparência institucional.
A iniciativa será formalizada por meio de um convênio institucional e prevê o tratamento técnico de cerca de 16 mil caixas de documentos acumulados ao longo de décadas.
O objetivo é criar uma política arquivística eficiente, além de garantir a preservação de documentos históricos que remetem ao papel fundamental da Suframa na economia regional.
“Definimos os termos para tratar a documentação da Suframa, com vistas à criação de uma política arquivística e, futuramente, um Centro de Memória, em comemoração aos 60 anos da instituição, que ocorrerão em dois anos”, afirmou o professor Alexandre Costa, coordenador acadêmico do curso de Arquivologia da Ufam.
Durante a reunião, a importância simbólica e estratégica da preservação documental da Suframa para a história da Amazônia foi destacada. Para Leonardo Vieira, presidente da Associação dos Arquivistas do Amazonas, o projeto simboliza a reconexão do curso de Arquivologia da Ufam com a demanda histórica da própria Suframa.
O superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, reforçou a relevância do projeto tanto para a gestão pública quanto para o alinhamento com os princípios ESG. “Este projeto une responsabilidade ambiental e fortalecimento da governança. A Suframa tem o dever de preservar sua história com transparência, e esse legado deve ser conhecido por toda a sociedade”, declarou.
Além da organização dos arquivos físicos, a proposta abrange ações como digitalização sustentável, acessibilidade digital, oficinas educativas e parcerias com cooperativas para o descarte consciente de documentos.
Espera-se que a iniciativa contribua para a redução de custos com armazenamento, aumente a transparência institucional e valorize a memória histórica da Zona Franca de Manaus.