Portal Você Online

Promotor chama advogada de ‘cadela’ em audiência no Amazonas; vídeo

Associação e OAB vão representar contra promotor que comparou advogada a ‘cadela’.

A gravação de uma audiência na 3ª Vara do Tribunal do Júri do Amazonas registrou o momento em que um promotor comparou uma advogada a cadelas. A ofensa foi feita durante discurso do jurista sobre lealdade. O caso ocorreu na manhã desta quarta-feira (13).

O promotor de Justiça Walber Luís Silva do Nascimento declarou que comparar a advogada criminalista Catharina de Souza Cruz Estrela a uma cadela seria uma ofensa ao animal.

“Se tem uma característica que o cachorro tem, Dra. Catharina, é lealdade. Eles são leais, são puros, são sinceros, são verdadeiros. E, no quesito lealdade e me referindo especificamente à vossa excelência, comparar a vossa excelência com uma cadela é muito ofensivo, mas não à vossa excelência, a cadela”, afirmou o promotor.

Repercussão

Após a comparação da advogada criminalista Catarina Estrella a uma cadela, feita pelo promotor de Justiça, Walber Luís do Nascimento, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Amazonas (OAB-AM), Jean Cleuter, em um breve vídeo postado em suas redes sociais, demonstrou apoio à advogada.

No vídeo, ele ao lado da advogada Catarina Estrella e outros associados, afirmou que tal atitude do promotor não é tolerado e vai de contra os direitos dos advogados previstos na  lei n° 8.906/94 em seus artigos 6º e 7º.

Estamos aqui mostrando a força da advocacia amazonense. Nós não podemos admitir qualquer tipo de afronta às prerrogativas, que são invioláveis, já que são prerrogativas do cidadão, da sociedade”, salienta o presidente da OAB-AM.

O advogado Vilson Benayon, presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas no Amazonas (Abracrim) afirmou que o órgão irá representar contra promotor Walber Luís Nascimento no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) por ter ofendido a advogada Catharina Estrella.

“NÃO PRECISAVA PASSAR POR ISSO”

Em um breve pronunciamento, a advogada criminalista Catarina Estrella disse que a classe está unida nesta causa, para que, o que aconteceu no 3º Tribunal do Júri no Fórum Ministro Henoch Reis não se repita com outra advogada no exercício da função.

“Hoje eu fui ofendida no meu trabalho enquanto advogada. O juiz nada fez para impedir e então aqui, a classe unida tá buscando respeito e eu realmente não precisava passar por isso, no exercício da minha profissão”, disse.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *