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PT abre guerra contra Estadão e editora do jornal

PT completa 42 anos e planeja criar 5 mil comitês de luta | Política

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, usou seu perfil no X (antigo Twitter), neste domingo (19), para instigar a militância do partido contra o jornal O Estado de S.Paulo e a jornalista Andreza Matais, editora-executiva de Política e chefe da sucursal do jornal em Brasília.

Os ataques ocorrem após o veículo publicar matérias sobre reuniões de Luciane Farias, a “dama do tráfico amazonense”, com secretários do Ministério da Justiça.

Gleisi compartilhou texto de um site simpático ao governo Lula com informações sobre o suposto processo de produção das reportagens do Estadão, como é mais conhecido o jornal paulista, que constariam de uma denúncia feita ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

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A postagem da presidente do partido do governo e deputada federal teve mais de mil compartilhamentos e passou dos mil comentários, até o fim da noite de domingo.

Outros políticos, incluindo o ministro da Justiça, Flávio Dino, e influenciadores de esquerda compartilharam a matéria postada pela petista.

À tarde, o youtuber Felipe Neto criticou Andreza Matais, em post que expôs a imagem da jornalista. Menos de duas horas depois, Neto apagou a postagem, substituída por outra de teor similar, tendo apenas o jornal como alvo. O Estadão informou que estuda ações legais em resposta à campanha promovida contra seus jornalistas.

“Dama do tráfico”

Luciane Farias esteve pela primeira vez no Ministério da Justiça em março, em uma reunião com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos. Ela voltou dia 2 de maio, para reunião com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Na reportagem que revelou o caso, publicada em 13 de novembro, o ministério chefiado por Flávio Dino confirmou a presença da “dama do tráfico” na comitiva para ambas as reuniões, mas afirmou que era “impossível” o setor de inteligência detectar previamente a presença dela. Horas depois, diante da repercussão do caso, Vaz assumiu para si a culpa pela entrada de Luciane no ministério.

– Se teve algum erro, esse erro foi de minha parte por não ter feito uma verificação mais profunda das pessoas que eu iria receber – disse, em entrevista coletiva.

Ainda no dia 13, o ministério elaborou portaria alterando as regras de acesso à sede. As novas normas exigem: envio de nome e CPF dos participantes de reunião ou audiência com antecedência mínima de 48 horas; reuniões ou audiência devem ser solicitadas por e-mail para fim de avaliação; todo visitante deve ser atendido na recepção do Palácio da Justiça ou dos anexos para identificação e orientação.

Além do Ministério da Justiça, Luciane esteve na Câmara dos Deputados e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No início de novembro, ela participou de evento em Brasília sobre prevenção e combate à tortura com passagens e diárias custeadas pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.

*AE

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