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Rachadinha: Flávio comprou imóveis com dinheiro vivo; diz jornal

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) comprou salas comerciais em um bairro nobre do Rio de Janeiro por R$ 86,7 mil em dinheiro vivo, quando ainda era deputado estadual pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Segundo o jornal O Globo, a revelação teria sido feita pelas construtoras envolvidas na investigação do esquema de rachadinhas no órgão, e também pelo próprio parlamentar, em seu depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em 7 de julho, ao qual a publicação teve acesso.

“Eu saí pedindo dinheiro emprestado para o meu irmão, para o meu pai, eles me emprestaram esse dinheiro. Tá tudo declarado no meu imposto de renda, que foi comprado dessa forma. Depois fui pagando a eles esses empréstimos. Acho que o Jorge [Francisco, pai do secretário-geral da Presidência da República, Jorge Oliveira], que era chefe de gabinete do meu pai, também me ajudou”, afirmou o senador aos promotores.

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O depoimento foi feito ao promotor Luis Fernando Ferreira Gomes, que trabalha no inquérito para apurar a prática de rachadinha na Alerj.

Durante a conversa, Gomes informou a Flávio que as construtoras Cyrela e a TG Brookfield relataram ao MPRJ que o à época deputado pagou R$ 86.779,43 em espécie, via depósitos bancários, em 2008.

Ele comprou 12 salas em um centro comercial de alto padrão na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da capital fluminense.

A venda só foi registrada em cartório em 16 de setembro de 2010: antes o negócio era amparado por um contrato de “instrumento particular de compra e venda”, firmado em 5 de dezembro de 2008.

As salas foram vendidas 43 dias após o registro oficial da compra, e o total declarado dessa venda totalizou R$ 2,6 milhões.

Questionado pelo promotor sobre como Flávio teria pago os empréstimos feitos por familiares – o senador não informou qual irmão teria lhe ajudado –, ele informou que também os ressarciu com dinheiro vivo.

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