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Impostos nos combustíveis pressionarão inflação em março

A decisão de retomar a cobrança dos impostos federais Cide e Pis/Cofins sobre a gasolina e o etanol, ainda sem definir as alíquotas, a expectativa ´que a volta dos tributos cause um impacto na inflação já no curto prazo.

A reoneração não seria integral, a princípio. O governo estuda o retorno de 75% da alíquota anterior sobre a gasolina e de 25% sobre o etanol.

O acréscimo final sobre o preço na bomba seria de R$ 0,49 para a gasolina e de R$ 0,06 para o álcool. No caso da gasolina, o aumento seria de 11%.

Em janeiro, o presidente Lula assinou uma Medida Provisória (MP) prorrogando a decisão tomada por Jair Bolsonaro, na esteira da campanha eleitoral, de reduzir os impostos (e os preços) dos combustíveis. Lula foi convencido pelo núcleo político do PT, capitaneado por Gleisi Hoffmann, de que a volta dos combustíveis desagradaria a classe média logo no início do mandato.

A MP, no entanto, tinha validade de apenas 60 dias e deixará de vigorar a partir de 1º de março. O governo deve preparar um novo texto para determinar as alíquotas da Cide e do Pis/Cofins que valerão a partir do próximo mês.

Como os combustíveis são um dos itens que compõem o orçamento das famílias brasileiras, a volta dos tributos deve causar um impacto nos índices de inflação.

O economista André Braz, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Getulio Vargas (FGV), calcula que a inflação deve ter um acréscimo de 0,55 ponto percentual em março em razão da reoneração.

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