Nesta terça-feira o rio baixou menos 10 centímetros com relação a ontem, quando quebrou o recorde histórico de 121 alcançando a marca de 13,59 metros de profundidade na frente da capital amazonense
Após atingir a maior seca em 121 anos ontem (16), o Rio Negro continua descendo e nesta terça-feira (17) voltou a bater o recorde de seca ao atingir a cota de 13,49 metros, dez centímetros a menos que a profundidade alcançada na segunda-feira (16) – 13,59 – considerada a maior marca histórica desde que o rio começou a ser monitorado pelo Porto de Manaus.
A previsão dos especialista da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), é que o nível da água vai continuar baixando até o início de novembro, apesar das chuva consecutiva registrada nos últimos três dias.
De acordo com o Porto de Manaus, desde 1902, esta é a pior seca registrada na capital amazonense. Até então, a maior vazante já registrada tinha sido em 2010, ano em que o Rio Negro desceu para 13,63 metros.
A vazante histórica do rio vem prejudicando o principal meio de transporte dos amazonenses. Os rios são as estradas por onde passam cargas de combustível, alimentos, material de construção e remédios. Com a seca, os barcos não conseguem chegar a muitas cidades.
O porto da Manaus Moderna, de onde parte a maioria das embarcações para os municípios do interior está com a sua operação de carga e descarga e de embarque e desembarque prejudicada.
A economia do estado também começa a ser afetada com a limitação dos navios de grande porte impedidos de chegar até Manaus. A temporada de cruzeiros marítimo-fluvial, com a previsão de chegada de 10 mil turistas, está ameaçada porque os transatlânticos com até 3 mil passageiros não terão como atracar no porto da cidade, que atualmente está ocupado por bancos de areia.