
O Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região – Amazonas e Roraima (TRT-11) aceitou, nesta semana proposta do Atlético Rio Negro Clube, um dos mais tradicionais de Manaus, para uma nova regularização de dívidas trabalhistas e assim livrar a agremiação de um leilão da sede para pagar o que deve na Justiça.
De acordo com nota emitida pelo clube: “tais dívidas se arrolam há anos, sendo provenientes de gestões anteriores. Agora, coloca-se um ponto final nas recorrentes idas da sede social à Leilão por dívidas trabalhistas”.
O presidente do Rio Negro, Jefferson Oliveira, disse em entrevista que as tentativas de leiloar a sede social do clube eram “um tormento que se arrastava desde 2012”. Entre 2021 e 2023 o TRT-11 incluiu a sede, tombada como patrimônio histórico, em três leilões públicos para pagamento de dívidas trabalhistas.
Em 22 de março de 2021 a sede foi arrematada pelo empresário sul-coreano Sung Un Song, por R$ 3,78 milhões.
À época, a sede foi avaliada pelos leiloeiros em R$ 9 milhões. Em 25 de maio o comprador comunicou a desistência e a sede foi devolvida ao clube. Song perdeu R$ 900 mil – R$ 720 mil pago como sinal da compra e R$ 180 mil da comissão do agente leiloeiro.
A sede, no Centro de Manaus, voltou a ser incluída em leilão este ano. Porém, em 9 de março, quatro dias antes do primeiro leilão de 2023, o clube conseguiu retirar a sede social dos bens listados para venda ao apresentar o Plano Especial de Pagamento Trabalhista. A aprovação deste plano ocorreu na última quinta-feira (12).
Em maio a sede social voltou a ser incluída entre itens a serem leiloados, mas foi novamente retirado. “Com este fato superado, o clube continuará seu planejamento visando grandes mudanças, em sua estrutura física e pessoal e de imagem”, diz trecho da nota emitida pelo Rio Negro.
O presidente Jefferson Oliveira disse ainda que “esse foi o acordo final. Parcelamos todas as dívidas que estavam no processo do Leilão. E vamos começar a pagar. Foi muita luta pra conseguir isso. Estou desde 2019 lutando pra buscar uma saída”.
“Esse leilão [da sede social do clube] vem atormentando desde 2012. Era só um processo e com o passar dos anos viraram 11. Graças a Deus nosso corpo jurídico conseguiu uma solução que foi aceita pelo TRT”, completou Oliveira.