Portal Você Online

Secretaria de Saúde afasta direção do Hospital 28 de Agosto após fraude em licitação

Ex-diretora de hospital infantil em Manaus tem contas reprovadas

A Secretaria de Saúde do Amazonas (SES-AM) informou que a diretora-geral, Júlia Fernandes Miranda Marques, e a diretora financeira, Querciane Alves, foram afastadas de suas funções no Hospital 28 de Agosto de Manaus. Elas foram presas nesta segunda-feira (26), durante investigação da “operação Jogada Ensaiada”, do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado (MPE-AN), que apura a participação das servidoras em um esquema de fraude e lavagem de dinheiro em licitação que gerou um prejuízo de R$ 2 milhões aos cofres do Governo do Amazonas.

A diretora do hospital é mulher de outro preso na operação do Gaeco, o empresário Henrique Barbosa, presidente do Atletico Amazonense, clube da segunda divisão do futebol amazonense. Ele é acusado de ser favorecido numa licitação para a contração de agentes de portaria para a unidade de saúde da capital amazonense.

De acordo com a 70ª Promotoria de Justiça Especializada ao Patrimônio Público, as investigações apuraram que houve sobrepreço na contratação dos profissionais beneficiando uma empresa, que não teve o nome divulgado, que repassava o dinheiro ilícito para as diretoras do hospital.

O esquema foi descoberto durante uma outra investigação que apura a manipulação de resultados no futebol do Amazonas, que envolve o presidente do Atlético Amazonense, Henrique Barbosa.

Ainda segundo a SES-AM, o Hospital 28 de Agosto está sendo administrada por um gestor interino. Em nota emitida para a imprensa, a SES-AM informou que “não compactua com qualquer prática criminosa e que irá colaborar com as investigações”.

Saiba mais

A ex-diretora-geral do Hospital 28 de Agosto, Júlia Fernanda Miranda Marques é enfermeira e já atuou na gestão de outra unidade de saúde de Manaus, onde também enfrentou problemas com suas contas.

Como gestora do Hospital e Pronto Socorro da Criança Joãozinho, na Zona Leste da capital amazonense, em 2018, ela teve suas contas reprovadas pelos conselheiros do Pleno do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM).

O órgão de controle de contas do Estado, identificou irregularidades na sua administração como fracionamento de despesas e pagamentos de forma irregular por meio de processos indenizatórios e ausência de nota explicativa ao balanço patrimonial, documento obrigatório à gestão.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *